Correio Popular (Campinas-SP) – O avanço da implantação do futuro Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas, evidenciado pela aprovação do projeto na primeira audiência pública sobre o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA/Rima) realizada ontem em Campinas, representa um passo significativo na busca por soluções inovadoras no transporte ferroviário de passageiros no Brasil. O empreendimento, orçado em R$ 13,5 bilhões, promete revolucionar a mobilidade na região, abrangendo não apenas São Paulo e Campinas, mas também municípios como Jundiaí, Valinhos, Vinhedo e Louveira.
A abertura das propostas da concorrência internacional, agendada para o próximo dia 29, marca o início de uma jornada crucial para selecionar o parceiro público-privado (PPP) que liderará a implantação do TIC. O vencedor terá a responsabilidade não apenas de construir e operar o trem de média velocidade entre Campinas e a capital, mas também de privatizar o serviço do Trem Intermetropolitano (TIM) entre Campinas e Jundiaí, com paradas em Valinhos, Vinhedo e Louveira, além de assumir a gestão da Linha 7-Rubi, atualmente operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
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Para embasar este processo, é essencial olharmos para experiências internacionais de sucesso no desenvolvimento de sistemas ferroviários de passageiros. Países como Japão, França e Alemanha apresentam modelos eficientes que podem oferecer lições valiosas ao Brasil. A pontualidade, a tecnologia avançada e a integração multimodal são características notáveis desses sistemas. A trajetória internacional sugere que a ênfase na colaboração público-privada, aliada a investimentos em tecnologias modernas e eficiência operacional, é fundamental para o sucesso a longo prazo de projetos ferroviários. O momento é propício para o Brasil aprender com essas experiências, adaptandoas à nossa realidade, para criar um sistema de transporte ferroviário de passageiros que atenda às crescentes demandas de mobilidade, promova a sustentabilidade ambiental e impulsione o desenvolvimento econômico regional.
À medida que as audiências públicas prosseguem e a data da escolha do parceiro se aproxima, é crucial que os gestores, a sociedade civil e os potenciais licitantes estejam atentos às melhores práticas internacionais. O TIC não é apenas uma infraestrutura de transporte, mas uma oportunidade de transformação positiva para a mobilidade urbana e regional. Ao olhar para o exterior, podemos moldar um futuro onde a eficiência e a inovação convergem para criar um sistema ferroviário de passageiros exemplar e sustentável.
Fonte: https://correio.rac.com.br/opiniao/experiencias-internacionais-para-o-tic-1.1474003
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