Metrô CPTM – O projeto do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas deverá ser licitado dentro de alguns dias e guarda uma má notícia aos futuros usuários.
O serviço de trens de média velocidade entre as duas regiões metropolitanas deverá ter tempos de viagens diferentes nos dois sentidos.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Enquanto no trecho prioritário o tempo de viagem será de 64 minutos, no trecho “não prioritário” a viagem será de 75 minutos, ou seja, 11 minutos mais longa.
Isso se deve às características do projeto. O governo de São Paulo optou por lançar o projeto com via singela e alguns desvios ao longo do trajeto.
O desenho das vias impede que os trens possam circular livres em ambos os sentidos já que haverá trechos em que uma composição deverá “esperar” pela passagem de outra no sentido oposto, aumentando o tempo de viagem.
É uma concepção diferente antigo projeto de Trens Regionais, mais robusto, que previa viagens com trens em vias duplas, segregadas e com velocidade máxima de 160 km/h – o tempo previsto de viagem seria de 52 minutos em ambos os sentidos.
Segundo os documentos do projeto, o TIC Eixo Norte deverá ter 101 quilômetros de extensão e três estações: Barra Funda, Jundiaí e Campinas. Os trens deverão manter uma velocidade média de 95 km/h no serviço expresso.
A ideia é de que no horário de pico sejam oferecidos trens a cada 15 minutos. A capacidade de cada composição será de 860 passageiros que deverão pagar uma tarifa de no máximo R$ 64,00 para o serviço convencional. As tarifas parciais serão de R$ 35,90 entre Barra Funda e Jundiaí e de R$ 28,10 entre Jundiaí e Campinas.
Segundo o governo, a tarifa média do serviço expresso deverá se manter em no máximo R$ 50,00, ou seja, em algumas ocasiões poderá ser cobrada uma tarifa menor do que o teto estabelecido.
O tempo mais longo de viagem e o custo da passagem têm sido apontados como potenciais problemas para que o TIC Eixo Norte possa oferecer uma opção mais atraente que os ônibus e os automóveis.
Seja o primeiro a comentar