Folha de S. Paulo – A montadora BYD realizou no sábado (27), no parque industrial Guang’an, na província de Sichuan, sudoeste da China, a entrega formal da primeira unidade de 14 encomendadas para equipar a Linha 17-Ouro do metrô de São Paulo.
O monotrilho ligando o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi, esperado inicialmente para 2013, é agora previsto para 2026.
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Participaram presencialmente o vice-presidente do grupo BYD, Ren Lin, e o presidente do Metrô de São Paulo, Julio Castiglioni, entre outros, como relatado por plataformas como Weixin (WeChat). O governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), entrou por vídeo.
Tarcísio disse ser “um trem desenvolvido especialmente, que vai contar com o que tem de mais avançado”, acrescentando: “Eu agradeço à equipe da BYD por essa entrega, por esse projeto, esse carro. Podem ter certeza que vocês são muito importantes para milhares de pessoas que vão usar a linha 17 todos os dias. Contem com o governo do Estado de São Paulo, e que venham os próximos trens”.
A primeira unidade será enviada ao Porto de Santos, devendo chegar em julho, para ser usada em testes. A obra só deve ficar pronta no ano que vem. O governador disse que “com certeza” ela será aberta em 2026.
Ouvido há três meses, quando visitou Guang’an, o vice-governador paulista, Felicio Ramuth (PSD), relatou que a empresa original havia falido. “Os trilhos, aquelas vigas já existentes, eram para aqueles trens”, disse. “Foi preciso achar alguém disposto a fabricar um veículo que encaixasse naquilo. A BYD aceitou e participou de uma licitação, em outra gestão, e agora está na fase final.”
Julio Castiglioni disse agora em Guang’an, segundo relatos chineses, que este é o primeiro passo de uma parceria de longo prazo, sublinhando ser o primeiro projeto para monotrilho da BYD fora da China. Ren Lin disse que a BYD “atribui grande importância a este projeto de cooperação com o Brasil” e também “tem esperança de continuar a trabalhar juntos”.
A empresa tem outro projeto de monotrilho no Brasil. Em Salvador, é responsável pela construção e cuidará também da operação do VLT do Subúrbio, fornecendo 28 composições de quatro carros cada uma. Em São Paulo, fornece apenas as composições, com cinco carros cada uma. A concessão é da CCR.
Para as duas cidades, os trens são automáticos, sem condutor, informa a BYD, e operam com tração elétrica, sustentada por pneus que andam sobre vigas de concreto.
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