CBN – As obras para a conclusão da estação Gávea do metrô devem ser retomadas, mas uma mudança importante está na mira: a estação não deve ter ligação direta com o Leblon. Por isso, quem sair da Gávea para a Zona Sul terá que fazer uma baldeação obrigatória em São Conrado, para só depois pegar outro trem para ir para Leblon, Copacabana e outros bairros no sentido Central do Brasil. A informação é da TV Globo.
Ontem, o Termo de Ajustamento de Conduta com o MetrôRio e com empreiteiras, foi entregue ao Tribunal de Contas do Estado, que vai avaliar o documento. Após aprovação, o documento será assinado e o projeto será retomado. A expectativa do secretário Washington Reis é que as obras, paradas há quase dez anos, recomecem ainda este mês.
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De acordo com o estado, o novo projeto vai custar cerca de R$ 700 milhões. A concessionária MetrôRio, que já administra as Linhas 1 e 2 da rede metroviária, irá investir R$ 600 milhões na construção da estação. Em troca, a empresa terá unificação da concessão e a renovação dos contratos por mais 10 anos. A cargo do governo do Rio ficará os outros R$ 100 milhões. A previsão é que as intervenções durem pouco mais de dois anos e sejam finalizadas em junho de 2026.
A implantação da Linha 4 começou ainda em 2010. Inicialmente, toda a composição deveria estar pronta para a Olimpíada de 2016, quando o metrô começou a circular no trecho entre Ipanema e Barra da Tijuca. No entanto, as obras de extensão à estação Gávea foram paralisadas em 2015 por suspeita de superfaturamento, conforme apurado pelo Tribunal de Contas. Um prejuízo de quase quatro bilhões aos cofres públicos. Desde então, o canteiro de obras, ao lado da PUC-Rio, com dois buracos de 50 metros de profundidade escavados, está abandonado.
A solução foi encher as crateras de água para conter o peso da estrutura e não colapsar, mas a validade dessa medida era de cinco anos, e se encerrou em janeiro ano passado. Desde 2019, o TCE pede que o governo estadual adote medidas para reduzir os riscos derivados da paralisação da obra, mas nada foi feito. Um relatório do departamento da PUC Rio, que participou dos estudos do local, apontou que um possível incidente teria reflexo em todos os prédios do entorno.
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