CBN – Um plano de contingência pode ser implementado no sistema de trens do Rio, com fechamento temporário de estações e ajustes nos horários de operação, caso Governo do Estado e Supervia não cheguem a um consenso nos próximos 60 dias.
A Justiça do Rio marcou para 27 de junho uma audiência para definir os rumos do serviço de trens do Rio.
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Em recuperação judicial desde 2021, a SuperVia afirma ter caixa para manter o serviço operando por apenas mais dois meses e alega uma dívida do governo estadual que chega a 2 bilhões e meio de reais.
A concessionária admite ainda que vai falir se o contrato não for reestruturado até o fim do mês. O Estado, por outro lado, afirma que não tem planos de ajuda financeira imediata ou reestruturação do contrato.
Para Marcus Quintella, diretor executivo da FGV Transportes, um plano de contingência pode acarretar problemas técnicos de operação.
“Um plano de contingência de operação do sistema ferroviário de passageiros é complexo. Quais serão os técnicos que vão assumir, por exemplo, o centro de controle operacional, uma subestação de energia, a parte de sinalização ferroviária, pilotar os trens, a via permanente? São cargos técnicos que não existem no Estado e também não existem no mercado para serem contratados sem um treinamento. Então o prazo para isso tudo tem que ser considerado”, explica.
A Justiça do Rio estipulou também a criação de dois grupos de consultoria financeira para analisar as contas da Supervia e criar estratégias para manter o serviço com os recursos disponíveis.
O relatório dos consultores será discutido na audiência do dia 27. Até lá, os prazos legais da recuperação judicial da SuperVia estão suspensos. O governo estadual já havia informado que vão ser necessários 180 dias para encontrar um novo operador, caso a concessionária pare de operar.
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