Rádio Itatiaia (MG) – As desapropriações que serão provocadas pela ampliação do metrô de Belo Horizonte não devem começar em 2024. A estimativa foi dada pela concessionária, que administra o sistema de transporte sobre trilhos em Belo Horizonte, após o questionamento de moradores que podem ser impactados e estão reclamando da falta de informações sobre o futuro das obras.
A Itatiaia apurou com fontes no Governo de Minas que cerca de 300 famílias podem ser impactadas pela construção da linha 2, que levará o metrô de BH a região do Barreiro. O número ainda é considerado prévio e pode sofrer alterações.
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O secretário-adjunto de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias do Governo de Minas, Pedro Calixto, afirma que, neste momento, ainda não é possível afirmar quantas famílias serão indenizadas, reassentadas e desapropriadas
Segundo Calixto, o Metro BH vai ser apresentar esses números em 45 dias, para ele “é a forma mais segura, sem criar expectativa e sem assumir compromissos que não são possíveis de se firmar agora”.
A deputada estadual, Bella Gonçalves (PSOL), critica o que ela classifica como cenário de desinformação e incertezas.
“Eu acho que foi um equívoco e uma violação do direito das famílias a selagem das casas ter sido feita antes do licenciamento ambiental”.
Para a deputada estadual, as famílias deveriam ser informadas depois do licenciamento ambiental, “sabendo que essa obra vai acontecer, para não gerar com tanta antecedência esse grau de incerteza e paralisação da vida das pessoas”.
As obras do metrô vão custar 3,2 bilhões de reais: 2,8 bilhões serão financiados pelo Governo Lula e outros R$ 400 milhões pelo Governo Zema. Após as críticas dos moradores sobre falta de diálogo, o Metrô BH e o Governo de Minas se comprometeram a apresentar um cronograma preliminar sobre o andamento das obras. O documento será apresentado em uma reunião que será realizada em 45 dias.
Outra reivindicação dos moradores que será atendida é de que o planejamento seja apresentado em um encontro aberto ao público. A exigência dos atingidos é para dar mais transparência ao processo, como destaca a líder comunitária, Poliane Cristina.
“A gente quer uma reunião, a gente quer que a população e que os moradores que serão afetados possam participar, possam ser ouvidos. O sentimento é de desespero, de revolta. A gente que vai ser afetado, somos os últimos a ser informados”.
Em contato com os moradores, o Metrô BH afirmou que irá conduzir o processo de desapropriação respeitando a dignidade dos moradores. A empresa garante ainda que vai respeitar todas as datas previstas no contrato.
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