Obra na Estação Leopoldina inclui ‘museu’ com trens quase centenários; gare e vagões serão recuperados

G1 – O processo de revitalização da Estação Barão de Mauá, conhecida pela população do Rio também como Estação Leopoldina, prevê a revitalização de trens que estão parados nas plataformas há cerca de 20 anos. São 7 exemplares, o mais antigo da década de 1940. Na terça-feira (2), as obras foram oficialmente iniciadas pelo prefeito Eduardo Paes (PSD). A gare foi inaugurada em 1926.

De acordo com Paulo Vidal, superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), eles estavam no Museu do Trem, no Engenho de Dentro, na Zona Norte da cidade, e foram levados para a estação na região central no começo das obras da construção do Estádio Nilton Santos, em 2003.

“Os trens estavam no Engenho de Dentro na época em que foi construído o Engenhão. Eles foram trazidos para cá rebocados por trilhos que nem existem mais”, destacou Paulo Vidal, superintendente do Iphan no Rio de Janeiro.

Os trens devem passar por um processo de restauro mais simples, já que não devem voltar a circular.

A Estação Leopoldina foi inaugurada em 1926. A expectativa da prefeitura é que o espaço seja reaberto à população no centenário, daqui a 2 anos. A destinação exata do prédio histórico ainda não foi definida, mas uma das possibilidades é que ele se torne um museu ou centro cultural.

O tombamento do prédio é de 2008, quando o espaço foi incluído na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário. É considerado um bem de valor pela importância histórica, artística e cultural.

“É fundamental essa obra. Quando esse espaço foi tombado, ele já estava em mau estado. Era o reconhecimento do valor do prédio e a importância de agir com instituições para viabilizar o restauro”, destacou Vidal.

Além do prédio da estação, o terreno conta com 125 mil metros quadrados e receberá uma série de intervenções e a construção de equipamentos públicos importantes para a região. São eles:

  • Centro de convenções;
  • Cidade do Samba 2, destinada às escolas da Série Ouro;
  • Um bairro popular, um empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida;
  • Clínica da Família;
  • Uma escola pública do modelo Ginásio Experimental Tecnológico (GET), que trabalha conceitos inovadores junto com a educação regular.

O local também será usado por institutos federais.

A reforma terá investimento de R$ 80 milhões e conta com o apoio da iniciativa privada. Em fevereiro desse ano, a União e a Prefeitura do Rio fecharam um acordo para o município assumir o espaço.

“Esta é uma estação que é um pouco da imagem do Brasil. Daqui saíam ônibus para São Paulo, para Minas Gerais. Queremos dar novos usos para essa região”, afirmou o prefeito Eduardo Paes.

Circular pelo prédio da Estação Leopoldina é uma viagem pelo tempo, com a placa de inauguração do lugar, quando o presidente era Artur Bernardes, e com placas com grafias que não são mais usadas na língua portuguesa. O restauro terá a supervisão do Iphan para que não perca as características originais.

O projeto é do arquiteto Robert Prentice, que também projetou o Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul, e conta com inspiração na arquitetura palladiana inglesa no exterior da construção.

A fachada, inclusive, deve ficar coberta até a reinauguração do local.

Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/07/03/fotos-obra-na-estacao-leopoldina-inclui-museu-com-trens-quase-centenarios-gare-e-vagoes-serao-recuperados.ghtml

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