Valor Econômico – A Klabin passou “muito bem” em todos os seus negócios no segundo trimestre, mas a falta de contêineres e escassez de estrutura para esse tipo de modal logístico, sobretudo nos portos do Sul e do Sudeste, foi gargalo e impediu vendas maiores no intervalo, disse, nessa quarta-feira (31), o diretor-geral da companhia, Cristiano Teixeira. O maio impacto, para a empresa, se dá nas exportações de papel kraftliner e, na sequência, de celulose fluff, usada em fraldas descartáveis e absorventes.
“Nem tudo foi maravilhoso no segundo trimestre. Tivemos um problema de ‘carry over’ por questões logísticas. Hoje, o grande gargalo de logística é exportação em contêineres”, disse o executivo, em teleconferência com analistas para comentar os resultados do intervalo.
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Segundo ele, apesar de seus 30 anos de experiência com logística, não é possível compreender a razão da deficiência em contêineres e estruturas portuárias, além da escala de navios. Diante disso, a Klabin poderia ter vendido cerca de 30 mil toneladas a mais de produtos no trimestre, “performando ainda melhor”, acrescentou.
Na celulose, a companhia manteve a estratégia de direcionar volumes maiores para mercados mais maduros e o mercado de fluff, obtida pela Klabin a partir da fibra longa, manteve-se positivo, com preços estáveis e viés positivo para o terceiro trimestre, com prêmio sobre a fibra curta.
“Olhando de forma estratégica, a compra dos ativos da Arauco no Paraná trouxe a possibilidade de ter mais fibra longa no nosso portfólio de produtos, em linha com a estratégia comercial e visão da companhia de foco em fluff”, comentou.
Já no mercado de papéis, com o avanço nas operações das novas máquinas, com destaque para a MP 28, de cartões, a Klabin está experimentando um momento de transição do período de investimentos para início de desalavancagem e aumento de receitas e resultados, com crescimento e melhora de margens, apontou o executivo.
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