Folha de S. Paulo – Todos os dias às 4h35, um dos trens da linha 1-azul do Metrô deixa o pátio de estacionamento do Jabaquara e chega à plataforma de uma das estações da zona sul de São Paulo exatamente cinco minutos depois, para dar início à primeira viagem do dia. Ao fim da jornada, cada trem terá realizado 31 viagens e percorrido 626 quilômetros, aberto e fechado as portas 37 mil vezes e transportado em média 42 mil passageiros.
Quase 3 milhões de moradores da região metropolitana de São Paulo dependem desse ritual diário. Ele teve início há 50 anos, com a inauguração das viagens comerciais. No início, funcionando apenas das 9h às 13h e por um curto trajeto de sete quilômetros, de Jabaquara à Vila Mariana.
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Os números dessas cinco décadas de operação superlativos. Somados, todos os trens do sistema percorrem o suficiente para dar mais de uma volta no planeta Terra. O número de passageiros que passou pelas catracas ao longo desse tempo é equivalente a quatro vezes a população mundial.
É como se todos os moradores de Brasília, terceira cidade mais populosa do país, pisassem nas estações de metrô todos os dias. Apenas pela estação mais movimentada, a Sé, o número de passageiros ao longo de um dia equivale a três vezes a população de São Caetano do Sul.
A composição mais antiga em operação tem 25 anos de Metrô, mas quando se levam em conta os trens que foram reformados, essa estatística é ainda mais longeva.
Até hoje existem veículos que levam alguns poucos componentes dos trens originais, que começaram a rodar em 1974. Trata-se das frotas I e J, que foram passaram por uma modernização completa e hoje são quase irreconhecíveis.
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