CBN – O metrô do Rio de Janeiro, atualmente com a tarifa mais cara do país a R$ 7,50, pode sofrer novo aumento em abril. Com a divulgação do IPCA acumulado de 2024 pelo IBGE nesta sexta-feira (10), a tarifa deve ter um reajuste de 4,83%, conforme previsto no contrato de concessão. Caso a atualização seja aprovada pela Agência Reguladora de Transportes Públicos (Agetransp) e pela Câmara de Política Econômica, o valor chegará a R$ 7,90.
Questionado pela CBN, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que o estado estuda um novo sistema de bilhetagem para o transporte público. A expectativa é que o modelo esteja em fase avançada de licitação até julho. Segundo Castro, com o sistema implementado, será possível avaliar a viabilidade de um subsídio tarifário.
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“Não dá muito para falar em subsídio se a gente não tem os dados reais. Hoje é quem transporta é que afere, então a gente não tem uma clareza de dados. Como é que eu vou explicar para a sociedade fluminense que eu vou pegar um valor x do imposto dele e vou colocar no modal se eu não sei se custa aquilo? Então é fundamental que a gente tenha a bilhetagem para aí sim poder dizer, ó, cidadão fulminense, nós estamos pagando isso porque custa isso, vocês andam isso e para que a tarifa seja esse valor o estado está desembolsando tanto”, afirmou.
Atualmente, o único benefício tarifário oferecido pelo governo é a tarifa social, que concede desconto para pessoas de baixa renda. Com o programa, usuários beneficiados pagam R$ 5 pela passagem.
Neste ano, a SuperVia, que administra o trem metropolitano, já atualizou a tarifa. A CBN antecipou em dezembro que o valor subiria para R$ 7,60. Hoje, o bilhete do trem já é mais caro que o do metrô.
O valor alto já vem preocupando a própria MetrôRio, que enviou ofício ao governo estadual. No documento, a concessionária cita que a diferença entre o valor da tarifa metroviária e da tarifa dos modais municipais, que era de 13% em 2019, passou para “insustentáveis” 74% em 2024, devido ao subsídio universal oferecido pela prefeitura.
A situação, segundo o MetrôRio, tem levado o sistema de transportes a uma situação de grave desequilíbrio e aumento de custos. Apenas nos últimos seis meses, a demanda metroviária, desconsiderados os passageiros que utilizam a Tarifa Social, caiu 10%.
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