Metrô CPTM – A ViaMobilidade, concessionária responsável pelas linhas 8 e 9 de trens metropolitanos, tem acumulado prejuízos expressivos em sua operação. Segundo os balanços da empresa, o saldo negativo já chega a R$ 350 milhões ao longo dos últimos quatro anos.
As informações foram obtidas dos relatórios anuais da empresa durante o período 2021-2024. Em apenas um ano, 2022, a concessionária obteve lucro líquido.
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Nos anos de 2021, 2023 e 2024 a concessionária amargou prejuízos expressivos. Nos últimos dois anos, déficits da ordem de R$ 234 milhões e R$ 131 milhões foram registrados.
Análise
Ao se aprofundar nos relatórios fiscais da concessionária, pode-se obter a origem de tamanho rombo financeiro. A princípio, a concessionária tem recebido injeções fortes de investimentos, principalmente por conta das obras em curso. Só em 2024 a receita operacional foi de R$ 3,5 bilhões.
O custo dos serviços prestados gira em torno de R$ 3,3 bilhões, este valor inclui investimentos previstos no contrato de concessão. A margem bruta é de R$ 233 milhões positivos.
Ao se avaliar as despesas operacionais é possível obter o valor do EBIT. O indicador considera apenas os custos e despesas administrativas da concessionária. Dentro deste contexto, a margem continua sendo positiva em R$ 111 milhões.
Avançando mais no balanço contábil é possível encontrar o “vilão” que tem sugado o caixa da concessionária. As despesas financeiras em 2024 somaram R$ 313 milhões, o que gerou prejuízo considerável. Somado aos recursos de impostos de renda, há o resultado de R$ 131 milhões de prejuízo.
Resultado financeiro e ascensão da dívida bruta
O resultado financeiro é expresso como o fluxo de aplicações no mercado que envolvem desde investimentos até empréstimos. Neste sentido, a concessionária possui despesas expressivas da ordem de R$ 390 milhões ao ano.
A mitigação deste valor ocorreu por meio de investimentos financeiros da concessionária que geraram receitas da ordem de R$ 76 milhões.
O endividamento bruto da concessionária sofreu uma alta expressiva de quase 20%. Atualmente, a concessionária deve ao mercado um montante de R$ 4,8 bilhões.
A maior parcela da dívida da ViaMobilidade deverá ser paga em um prazo acima de quatro anos. Alguns dos financiamentos realizados junto ao BNDES deverão ter vencimento no ano de 2048, por exemplo.
Conclusão
A dívida acumulada pela ViaMobilidade pode ser considerada como um efeito temporário e de média duração. De forma geral, a concessão ainda consegue aferir índices de lucratividade razoáveis.
Cabe citar, entretanto, que efeitos não recorrentes relevantes podem ser considerados riscos para a empresa. Um exemplo é o TAC de R$ 150 milhões firmado junto ao Ministério Público e as multas pelo atraso na devolução dos trens que já ultrapassam R$ 800 milhões.
A impressão até aqui é que a concessão das linhas 8 e 9 não é tão rentável quanto às concessões metroviárias, que possuem mais garantias e menos riscos. Dentro deste cenário, a concessionária deverá tomar uma postura de maior cautela em suas finanças.
Corrigindo :
“…..Manjubinha assim que ganhar seu Bilhão , com certeza repassará pra outro ou ficarão prejuízos pro Estado ( nós) pagar .
Isto daí qualquer Cobrador de Ônibus já sabia .”
“……Repassará a Concessão pra outros …..”
Lendo atentamente esta Conta de buteco me deu a impressão que a “Via” nem tinha dinheiro suficiente e adequado prá entrar neste Negócio ,na verdade na verdade , a peneira de Seleção para Privatizar/conceder de taínha deixou passar uma Manjubinha e que ainda a ajudaram e mesmo assim esta Manjubinha está tendo dificuldades.
Agora , que hoje (e sempre)no Brasil é mais fácil deixar os Bilhões no Rentismo …….mas então porque deixaram esta Manjubinha adentrar no pedaço de Tainhas ??
A Manjubinha assim que ganhar seu Bilhão , com certeza repassará pra outro ou ficarão prejuízos pro Estado ( nós) pagar .
Isto daí qualquer Cobrador de Ônibus já sabia .