Valor Econômico – A Ultracargo inicia neste mês a operação de um novo ramal ferroviário de 4,4 km, entre seu terminal em Rondonópolis (MT) e o terminal de etanol de Paulínia (SP), controlado pela Opla (joint venture entre Ultracargo e BP). A nova via recebeu investimentos de R$ 200 milhões.
O empreendimento faz parte do movimento da companhia de ampliar sua atuação, para além da armazenagem, e passar a atuar como operador logístico. “Miramos no agronegócio e no etanol de milho, cuja produção migrou do Sudeste para o Centro-Oeste”, afirmou Fulvius Tomelin, presidente da empresa.
Com a construção do desvio ferroviário, haverá uma economia de até três dias de viagem, considerando o ciclo total de ida e volta da carga, que hoje é transportada por meio de caminhão.
A via deverá levar o etanol produzido no Centro-Oeste para o terminal da Opla e, no retorno, enviar derivados de petróleo consumidos pelo agronegócio. A projeção é que a linha movimente, por ano, 6 milhões de metros cúbicos.
Outro projeto prestes a ser entregue é o novo terminal de Palmeirante, no norte do Tocantins, que também deverá ter uma linha ferroviária conectando ao Porto de Itaqui (MA).
“O terminal está no eixo central do Matopiba [Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], uma área de grande desenvolvimento agrário. Estamos fazendo algo semelhante à ligação entre Opla e Rondonópolis, levando biocombustíveis do norte do Tocantins até o porto de Itaqui, que é um dos mais importantes para recebimento de diesel e gasolina”, afirmou Tomelin
Ele não abriu o valor do investimento do projeto, que já está em fase de comissionamento e deverá começar a operar oficialmente em julho.
Também com foco no Arco Norte, a Ultracargo analisa construir um novo terminal em Miritituba (PA), mas ainda está em fase de projetos, segundo o executivo. “Já temos terreno e estamos avaliando a construção de um terminal, mas ainda em fase inicial”, disse.
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