Diário do Rio – Quase dez anos depois de virar símbolo do Centro do Rio, o VLT pode ganhar novos trilhos rumo à Zona Sul. Um estudo técnico elaborado pelo BNDES, em parceria com o Ministério das Cidades, coloca no papel a proposta de um corredor exclusivo do bonde elétrico ligando Botafogo, Gávea e Leblon.
A linha teria 10,4 km de extensão, com 20 estações entre a Praia de Botafogo e o Leblon, passando pelas ruas São Clemente, Voluntários da Pátria e Jardim Botânico. A ideia é usar faixas já existentes e reduzir o espaço para carros. O projeto também prevê integração com as Linhas 1 e 2 do metrô na Estação Botafogo e com a futura Estação Gávea, da Linha 4.
A proposta reaparece agora em versão mais estruturada, com estudos de demanda e impacto já finalizados. O custo estimado é de R$ 1,7 bilhão. Segundo as projeções, o novo VLT poderia transportar cerca de 100 mil passageiros por dia, substituindo com folga o antigo “Metrô na Superfície”, desativado no ano passado.
Entre as estações previstas, estão paradas próximas à Praça Antero de Quental, ao Cobal do Leblon, à PUC, ao Hospital da Lagoa, ao Colégio Pedro II e pontos ao longo da Voluntários da Patria e da São Clemente — incluindo nove estações só em Botafogo.
A proposta retoma ideias já ventiladas em 2022 pela prefeitura, quando Eduardo Paes chegou a anunciar a intenção de levar o VLT à Zona Sul. Na ocasião, o discurso incluía ainda uma rede com mais de 200 km de trilhos espalhados pela cidade. Também foram anunciadas obras de drenagem e urbanismo, especialmente na Rua Jardim Botânico, que desde o século passado sofre com alagamentos constantes.
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