Valor Econômico – O Plano Nacional de Logística (PNL), instrumento do governo brasileiro para planejar a infraestrutura de transporte do país a longo prazo, precisa ser “um plano de Estado e não de governo”, nas palavras de Jorge Bastos, presidente da Infra S.A, empresa pública federal, vinculada ao Ministério dos Transportes.
Ele comentou que o plano tem diretrizes orientadas até 2050, o que só reforça o perfil de que o planejamento na área ultrapasse diferentes gestões de governo.
As declarações foram dadas hoje durante o evento “Logística no Brasil”, série de debates, promovido pelo Valor. O tema da série de debates é a infraestrutura brasileira como vetor de desenvolvimento.
Bastos defendeu a continuidade de amplo debate sobre o PNL com a sociedade, e que envolva representantes da iniciativa privada de diferentes modais de transporte, além de outros setores relacionados. “Um plano de logística não é somente um plano de transporte”, frisou.
O especialista recomendou conversações contínuas com ministérios, iniciativa privada, e sociedade em geral para coleta de sugestões, bem como identificar possíveis gargalos na área de logística que possam ser depois solucionados.
Ele comentou ainda sobre o interesse crescente de governos em projetos mais delineados nessa área. “Se não me engano já estamos elaborando cerca de oito planos de logística estaduais”, citou.
Também presente no evento, Valter Luís de Souza, diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional do Transporte (CNT), concordou com a importância de se debater o PNL com a iniciativa privada e com a sociedade e em encarar o plano como um projeto de Estado.
Sobre o plano, o executivo citou alguns tópicos que ele classificou como essenciais para se debater o PNL. “O plano tem que contemplar mudança de perfil de transporte no país”, disse. No entendimento dele, é preciso contemplar mais transportes de cargas em outras modais, como de ferrovias, notou, para que esse deixe de ser tão concentrado em modal rodoviário – como é o caso atualmente, frisou.
“E isso contempla descarbonização”, acrescentou. Souza comentou que outros modais como ferrovias por exemplo são menos danosos ao meio ambiente.
Eles deram as declarações nesta quarta-feira (9) durante o evento “Logística no Brasil”, série de debates, promovido pelo Valor, com oferecimento da Infra S. A. e do Ministério dos Transportes. O tema da série de debates é a infraestrutura brasileira como vetor de desenvolvimento.
Tudo vai funcionar somente se o atual governo ser mudado ….senão vai chegar 2050 MUITO PIOR QUE 2025…simples é só ver o que esta acontecendo de 2002 até hoje…..