Valor Econômico – O setor mineral brasileiro está preocupado com o potencial impacto em suas importações caso o país use da reciprocidade para retaliar a tarifa de 50% anunciada pelos EUA ao Brasil, disse nesta quarta-feira (30) Fernando Azevedo e Silva, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
“Exportamos 3% para os Estados Unidos. Mas, se tiver a reciprocidade, aí sim afeta, porque o setor importa 20% de toda a cadeia de produção, equipamentos, manutenção, é do americano”, disse o executivo da entidade que representa gigantes como Vale, BHP e Gerdau, durante evento em São Paulo.
Azevedo e Silva disse ainda que uma reunião que houve na semana passada, entre o Ibram e o encarregado de negócios e representante oficial da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, foi pedida pelo americano, e não pela associação.
“Ele pediu a reunião. O assunto foi seguindo, mas nós vimos que ele queria um viés de mineração, dizendo que estava aberto e que iria ajudar o setor privado nosso com as ligações nos EUA. Se colocou à disposição e entrou no assunto de minerais críticos, estratégicos, e principalmente de terras raras.”
Mas, segundo ele, em uma avaliação do Ibram, o encarregado comercial mostrou uma “preocupação geopolítica”, em relação, por exemplo, a fluxo de suprimento de minerais críticos.
As tarifas dos EUA estão previstas para valer a partir de 1º de agosto.
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