Diário de Cuiabá – Após cerca de 11 anos, os últimos sete vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que estavam na área onde funcionaria o Centro de Operações do modal, em Várzea Grande, foram transferidos, na sexta-feira (4), para o interior de São Paulo, com destino a cidade de Salvador (BA).
Inicialmente, os vagões vão para Hortolândia (SP), onde passarão pelas manutenções necessárias, realizadas pela fabricante espanhola CAF.
Ao todo, 40 vagões foram vendidos, em 2024, pelo Governo de Mato Grosso ao Governo da Bahia por R$ 793,7 milhões, valor que deve quitado em quatro parcelas anuais, corrigidas pela inflação.
Segundo o Governo do Estado, a primeira parcela foi paga em dezembro de 2024.
Nesta sexta-feira, sete trens foram transferidos.
A venda dos veículos ocorreu mediante um acordo intermediado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Os trens serão utilizados no VLT de Salvador.
Vale lembrar que os vagões faziam parte do projeto de mobilidade urbana criado para a Copa do Mundo de 2014. em Cuiabá, mas que nunca foi concluído.
Orçados em R$ 1 bilhão, os trabalhos do VLT foram paralisados com menos de 20% dos trilhos implantados.
Após investigações policiais e revelações feitas por meio de delações premiadas indicarem que a escolha do modal e a contratação do consórcio foram marcadas por corrupção e pagamento de propinas, o Governo do Estado decidiu rescindir o contrato com as empresas responsáveis.
Após, decidiu substituir o modal pelo sistema de trânsito rápido, o chamado BRT, com valor inicial de R$ 468 milhões.
Contudo, a obra também está atrasada.
No fim de junho passado, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) publicou a ordem de serviço para o início dos trabalhos do Consórcio Integra BRT, responsável pela conclusão do primeiro lote de implantação do sistema em Cuiabá e Várzea Grande.
As empresas serão responsáveis por concluir projetos e executar o remanescente das obras do corredor que liga a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA) até o Terminal de Várzea Grande.
O prazo de execução do contrato será de 180 dias a partir desta quinta.
O contrato tem um valor de R$ 155,1 milhões.
No momento, o Consórcio Construtor BRT, que inicialmente foi contrato para realizar toda a obra, mas teve o contrato rescindido pelo Estado por descumprimento do cronograma, trabalha na concretagem das pistas próximo a entrada do bairro Morada do Ouro, na Capital.
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