Terra – A companhia de logística VLI ampliou em cerca de 10% a capacidade de cargas dos navios que operam em três dos quatro berços de seu terminal Tiplam, no Porto de Santos, após obras para a elevação do calado, informou a companhia nesta quarta-feira à Reuters.
Com a iniciativa, o terminal pôde operar recentemente com navios de até 74 mil toneladas para a exportação de açúcar e de até 72,6 mil toneladas para a importação de insumos para fertilizantes, configurando as maiores embarcações de sua história, disse a empresa.
“Com esta modernização, estamos prontos para receber embarcações de maior porte, oferecendo uma alternativa atrativa para uma melhor distribuição dos fluxos de cargas no Porto de Santos, resultando em mais eficiência para os clientes”, disse em nota o diretor de operações do Corredor Sudeste da VLI, Marcelo Cardoso.
A obra também permitiu que o tempo de espera dos navios para saída do terminal devido às oscilações de maré tenha um potencial de redução de mais de 60%. Consequentemente, ressaltou a empresa, a disponibilidade dos berços aumenta, fazendo com que mais navios possam atracar para serem carregados.
Nessa linha, a VLI informou que, com as obras, os navios de grãos ganharam com a maior disponibilidade de maré, reduzindo de três para duas horas o tempo médio aguardando maré para a saída, já que esses navios já tinham plena capacidade de carga atingida.
A dragagem para aumento de calado — distância entre a linha de flutuação e o fundo da embarcação — ocorreu no canal de Piaçaguera e nos berços do Tiplam 2 e 3, de exportação de açúcar e grãos, e 4, de importação de fertilizantes, entre fevereiro e maio deste ano. Como resultado, o calado máximo cresceu de 13,35 metros para 14,10 metros.
O Tiplam é responsável atualmente por 25% do açúcar exportado em Santos.
Já com relação a fertilizantes, a VLI é a maior transportadora do insumo por ferrovia do país e participa de mais de 90% da importação nacional de matéria-prima — enxofre, rocha fosfáltica e amônia — por meio do Tiplam.
Também a partir do mesmo terminal portuário, a companhia transporta parte desses produtos por ferrovia a indústrias implantadas na região do Triângulo Mineiro, para posterior distribuição aos produtores da região, fortalecendo a cadeia do agronegócio.
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