A conclusão da Ferrogrão pode reduzir os custos logísticos
em 30%, estima a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Além
disso, o trecho ferroviário que ligará Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA)
de aumentar as exportações de grãos no Arco Norte.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e
Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, a Ferrogrão é vista como uma das
principais alternativas para facilitar o acesso aos portos da região Norte do
país para levar soja, milho, fertilizantes e combustíveis até mercados
compradores, como China, Rússia e Europa.
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“O Brasil tem uma meta de produção de grãos de 350 milhões
de toneladas até 2030. Precisamos superar outros gargalos da infraestrutura e
investir na construção de novos corredores e na pavimentação de trechos já
existentes”, ressalta Borba.
Para o presidente da Câmara Temática de Infraestrutura e
Logística do Agronegócio (CTLog), Edeon Vaz, o projeto é viável e reduzirá o
custo do frete em Mato Grosso, principal produtor de soja do país. “Haverá uma
disputa pelo transporte da carga, tanto para o porto de Santos, no Sudeste,
quanto para o norte em Miritituba”, diz.
O diretor comercial da Estação da Luz Participações (Edlp),
Roberto Meira, garante que a nova ferrovia trará benefícios logísticos e
socioambientais para o país, além de um reequilíbrio da matriz de transportes.
“De acordo com um estudo, em 2030, sem a Ferrogrão, 56% do escoamento de grãos
do Mato Grosso seria por ferrovia e 54% por rodovia. Com o trecho construído,
no mesmo período, 87% do transporte seria por ferrovia e 13% por rodovia. Isso
representaria uma significativa redução de custos”, explica.
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