Vale vai investir R$ 6 bilhões em obras que vão gerar seis mil empregos em 2019

Os novos projetos da Vale em via de implementação no Sul e
Sudeste do Pará a partir de 2019 devem gerar investimentos de mais de R$ 6,4 bilhões
e a criação de até seis mil postos de empregos temporários no pico das obras, o
que deve ocorrer em 2020. A informação foi confirmada ontem por Carlos Miana e
João Coral Neto, gerentes executivos, respectivamente, de Projetos e de
Sustentabilidade Norte, durante a apresentação do balanço financeiro da
mineradora para o terceiro trimestre de 2018, em que só no Estado a arrecadação
gerada, até setembro, foi de R$ 1,4 bi aos governos.

A novidade é o Projeto Gelado, em Parauapebas (Carajás),
orçado em US$ 428 milhões, com duração de até dois anos e expectativa de
contratação de 1,5 mil temporários. Na prática, a Vale retira minérios da
barragem de rejeitos para poder processar e transformar em produto,
substituindo uma parcela que hoje é processada diretamente da mina com
caminhões. “Isso rende um benefício ambiental importante, que é a recuperação e
retirada de rejeitos da barragem, porque evita a necessidade de novas barragens
e loteamentos”, explicou Carlos.

Dois outros projetos em Parauapebas, com investimentos
previstos em US$ 184,5 milhões, demandarão cerca de mil trabalhadores e
consistem na montagem de equipamentos e estruturas na linha de produção do
minério nas áreas de britagem e implantação de correias transportadoras.Já em
Marabá, a Vale expande sua capacidade de beneficiamento de cobre na unidade de
Salobo com o projeto Salobo III. Com investimentos de US$ 1,1 bilhão, engloba
um terceiro concentrador e utilizará a infraestrutura já existente, sem
necessidade de nova barragem. As obras devem durar três anos e render até 3,2
mil contratações.

Em Curionópolis, na prática, haverá a ampliação da cava, que
está em licenciamento e depende de aprovação do conselho da própria empresa. A
expansão dará à Serra Leste a capacidade de produzir até dez milhões de
toneladas de ferro por ano. A previsão é de que 1,3 mil vagas sejam geradas na
fase de construção.

Para Coral Neto, o principal benefício de toda essa
movimentação, que deve gerar um efeito cascata positivo em toda a economia do
Estado, é mesmo a criação de mais postos de emprego. “Além disso, haverá a
contratação de serviços e insumos locais, estamos incentivando a articulação
entre empresas e associações comerciais para maximizar esse efeito.


Fonte: O Petróleo

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