Após anos de atraso, o trem de dois
andares chamado ‘FV-Dosto’ completou sua primeira viagem ferroviária na
segunda-feira. O destino do resto da frota de 62 trens continua dependendo de
uma decisão judicial por causa de um processo movido por grupos de deficientes.
Não houve demora, tudo correu
bem, disse o porta-voz das Ferrovias Federais Suíças (SBB-CFF) Christian
Ginsig à agência SDA-ATS, depois que o primeiro dos novos trens viajou de
Zurique a Berna, ida e volta, rota que o ‘FV-Dosto’ começará a servir já a
partir dessa semana.
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A nova frota, produzida pela empresa
Bombardier, foi originalmente encomendada em 2010. A longa espera foi causada
por problemas de entrega, de software e por um processo da associação Inclusion
Handicap reclamando da falta de acessibilidade para cadeirantes.
Acessibilidade comprometida
Há dez dias, o Tribunal Administrativo
Federal decidiu que, por enquanto, seis dos novos trens serão autorizados a
entrar em serviço. A Inclusion Handicap concordou com esta decisão, mas
sustentou que os viajantes desacompanhados com deficiência encontrariam muitos
problemas ao usar os novos trens e que, portanto, estes não atendem aos
requisitos da lei que concede igualdade de oportunidades para deficientes nos
transportes públicos.
Com a injunção provisória, o tribunal
ainda não decidiu se os trens ainda em produção receberão a luz verde para
operar. Em tese, a SBB-CFF não tem permissão para usá-los em sua rede
ferroviária até que uma decisão jurídica sobre o assunto tenha sido alcançada.
A ordem da frota da Bombardier foi a
mais cara da história da SBB-CFF. Os 62 trens custaram CHF 1,9 bilhões (US$ 2,4
bilhões). As empresa afirmou que planeja investir anualmente CHF 1 bilhão (US$
1,16 bilhão) para modernizar seus trens no futuro.
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