Prazo para consórcio da linha 6 Laranja do Metrô conseguir
financiamento terminou nesta quinta sem resposta. Secretário de Alckmin diz que
investimentos chegarão a R$ 20 bilhões até o final de 2018 em diversas ações de
mobilidade urbana. Todos os cronogramas de obras e entregas de trens e
equipamentos novos estão atrasados. Governo do Estado responsabiliza crise
econômica.
Praticamente todos os planos de transporte da Grande São
Paulo estão em atraso.
Em relação às previsões iniciais, não foram cumpridos os
cronogramas de entrega de novos trens e de novos equipamentos; modernizações de
estruturas atuais; conclusão de novas linhas e novas estações de trem e metrô,
além de corredores de ônibus metropolitanos.
Nesta semana, durante evento sobre tendências da mobilidade
urbana no Brasil e no mundo, realizado pela UITP – União Internacional de
Transportes Públicos para a América Latina no Sindicato dos Engenheiros do
Estado de São Paulo, na região central da capital paulista, o secretário de
Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, responsabilizou
principalmente a crise econômica pelos atrasos. Entretanto, citou outros
problemas, como o descumprimento de prazos por parte de construtoras e empresas
responsáveis pelo fornecimento de tecnologia e equipamentos.
Um dos casos mais indefinidos é o da linha 6-Laranja do
Metrô. Terminou nesta quinta-feira, 15 de junho de 2017, o prazo dado pelo
Governo do Estado de São Paulo para que o “Consórcio Mova-se” encontrasse uma
solução para conseguir financiamento do BNDES para a obra. E não há resposta
ainda. Formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia, toda citadas na
Operação Lava Jato, o Consórcio Mova-se por causa de problemas financeiros não
conseguiu ainda as condições necessárias para ter acesso a financiamentos do
BNDES e de outras fontes para continuar as obras, que estão paradas desde
setembro de 2016. A ligação entre a
região de Brasilândia, na zona noroeste, e a estação São Joaquim, na região
central de São Paulo, deve atender a mais de 630 mil pessoas por dia.
No seminário “Tendências da Mobilidade”, que teve cobertura
exclusiva do Diário do Transporte, Pelissioni disse que a intenção do Governo
do Estado de São Paulo é dobrar o total de investimentos em mobilidade urbana
até o final da gestão Alckmin.
“Até agora nós já empenhamos R$ 10 bilhões em investimentos
[em mobilidade urbana]. Nossa intenção é dobrar este valor até o final de 2018
e chegar a R$ 20 bilhões, apesar da crise econômica e de atrasos de
empreiteiras. Hoje temos 13 mil funcionários atuando nos canteiros de obras,
seja metrô, trem, monotrilho e corredores de ônibus” – disse o secretário em
sua apresentação.
No evento da UITP, realizado na última terça-feira, 13 de
junho de 2017, o secretário relacionou algumas das previsões, umas nem tão
novas assim, outras com datas diferentes das anunciadas pela última vez.
– Novos trens: 52
novos trens para a CPTM devem ser entregues até o final de 2018, 13 já foram
colocados em circulação. Uma licitação de 2013, realizada pela gestão Geraldo
Alckmin previa a entrega de 65 novos trens gradativamente, até ser finalizada
em junho de 2016. O valor foi de quase R$ 2 bilhões. Pela encomenda, 35 novos
trens deveriam ser entregues pela espanhola CAF e 30 pela sul-coreana Hyundai
Rotem.
– Modernização da frota do metrô: 98 trens devem ser
modernizados até o final de 2018. O prazo inicial para esse processo era até o
final de 2016.
– CBTC no Metrô: Até o final de 2018, na linha 1-Azul
(Jabaquara – Tucuruvi) e, até o final de 2019, na linha 3-Vermelha (Barra Funda
– Itaquera). Este novo sistema de sinalização, o chamado CBTC já deveria estar
em operação em todas as linhas do metrô em 2015. Pelo sistema, é possível
reduzir o intervalo entre os trens com segurança e aumentar o número de
composições nas linhas, reduzindo assim a lotação. O contrato foi assinado em
2008 com a multinacional Alstom por mais de R$ 700 milhões – valor da época.
Hoje o sistema está nas linhas 2 Verde (V.Prudente/V.Madalena), 5 Lilás (Adolfo
Pinheiro/ Capão Redondo) e 4 Amarela (Butantã/Luz), que é particular.
Linha 4- Amarela: A entrega das estações que faltam na linha
4 Amarela, entre Vila Sônia e Luz, tem agora previsão para o final de 2019, com
a conclusão da estação Vila Sônia. Já as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar
Freire, São Paulo-Morumbi devem ser concluídas apenas no decorrer de 2018. A
linha foi anunciada pela primeira vez em 1993 e as obras começaram em 2004, com
a primeira promessa para 2010. As obras ficaram mais de 13 meses paradas pelo
fato de o consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam, responsável por concluir a
Linha 4-Amarela, não cumprir os cronogramas, segundo o Metrô. O contrato foi
rompido. A linha 4 Amarela é a primeira PPP – Parceria Público Privada de
transportes metropolitanos do Estado.
– Linha 5 Lilás – Metrô:
Até julho devem ser abertas três estações da linha 5 Lilás: Alto da Boa
Vista, Borba Gato e Brooklin. Em dezembro, devem ser inauguradas as estações
Eucaliptos, Moema AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara
Klabin. Em 2018, será entregue a estação Campo Belo. Em julho, a operação da
linha será privatizada junto com o monotrilho da linha 17. A previsão inicial é
de que todo o trecho fosse entregue em 2014. O trecho completo da Linha 5-Lilás
terá 17 estações, ao longo de 20,1 quilômetros, entre o Capão Redondo e a
Chácara Klabin, incluindo dois pátios para estacionamento e manutenção de
trens. Com demanda estimada em 850 mil passageiros por dia, o ramal fará
interligação com as linhas 1-Azul, 2-Verde e 17-Ouro, do Metrô, a Linha 9-Esmeralda,
da CPTM, e três terminais integrados de ônibus.
Linha 6-Laranja Metrô: A ligação entre a região de
Brasilândia e a estação São Joaquim na região central de São Paulo, que deve
atender a mais de 630 mil pessoas por dia é uma das mais indefinidas. O secretário
de Transportes Metropolitanos disse no evento sobre mobilidade da UITP no dia
13 de junho que “o governo está fazendo todo o esforço para a PPP [Parceria
Público Privada] ser retomada”. Terminou nesta quinta-feira, 15 de junho de
2017, o prazo dado pelo Governo do Estado de São Paulo para que o “Consórcio
Mova-se” encontrasse uma solução para conseguir financiamento do BNDES para a
obra. As intervenções estão paralisadas desde porque o consórcio Move São
Paulo, que venceu a licitação, suspendeu os trabalhos alegando falta de
recursos. O consórcio está com dificuldades de obter financiamento pelo BNDES e
é formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia, toda citadas na
Operação Lava Jato. Conforme noticiou o Diário do Transporte, em primeira mão,
no dia 08 de março, o prazo final dado pelo Governo do Estado foi 15 de junho,
podendo assim, haver nova licitação. O Move São Paulo solicitou empréstimo de
R$ 5,5 bilhões. Por causa da paralisação das obras, o Governo do Estado de São
Paulo pediu anuência da Assembleia Legislativa e levará a solicitação ao BNDES
de remanejamento de R$ 200 milhões, que estavam previstos para linha 6-Laranja,
para linha 5- Lilás, prevista para se prolongar até a Chácara Klabin. A linha 5
já opera entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro.
Praticamente todos os planos de transporte da Grande São
Paulo estão em atraso.
Em relação às previsões iniciais, não foram cumpridos os
cronogramas de entrega de novos trens e de novos equipamentos; modernizações de
estruturas atuais; conclusão de novas linhas e novas estações de trem e metrô,
além de corredores de ônibus metropolitanos.
Nesta semana, durante evento sobre tendências da mobilidade
urbana no Brasil e no mundo, realizado pela UITP – União Internacional de
Transportes Públicos para a América Latina no Sindicato dos Engenheiros do
Estado de São Paulo, na região central da capital paulista, o secretário de
Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, responsabilizou
principalmente a crise econômica pelos atrasos. Entretanto, citou outros
problemas, como o descumprimento de prazos por parte de construtoras e empresas
responsáveis pelo fornecimento de tecnologia e equipamentos.
No seminário “Tendências da Mobilidade”, que teve cobertura
exclusiva do Diário do Transporte, Pelissioni disse que a intenção do Governo
do Estado de São Paulo é dobrar o total de investimentos em mobilidade urbana
até o final da gestão Alckmin.
“Até agora nós já empenhamos R$ 10 bilhões em investimentos
[em mobilidade urbana]. Nossa intenção é dobrar este valor até o final de 2018
e chegar a R$ 20 bilhões, apesar da crise econômica e de atrasos de
empreiteiras. Hoje temos 13 mil funcionários atuando nos canteiros de obras,
seja metrô, trem, monotrilho e corredores de ônibus” – disse o secretário em
sua apresentação.
No evento da UITP, realizado na última terça-feira, 13 de
junho de 2017, o secretário relacionou algumas das previsões, umas nem tão
novas assim, outras com datas diferentes das anunciadas pela última vez.
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