Reajuste na tarifa de ônibus de Porto Alegre altera integração com trem

O aumento da tarifa de ônibus de Porto Alegre de R$ 3,75 para R$ 4,05, definido na última quarta-feira (29), e que começa a valer nesta sexta (31), vai impactar no valor da integração com o trem operado pela Trensurb. Segundo a empresa, a nova tarifa passa para R$ 5,18, enquanto a integração tripla vai para R$ 8,80.


A integração entre ônibus e trem é realizada com uso dos cartões SIM ou TRI. O desconto tarifário é de 9,91% com o uso dos cartões de bilhetagem eletrônica. A tarifa total sem o benefício ficará em R$ 5,75. Até então o valor cobrado era de R$ 4,90, com os cartões.


Já a integração tripla, ônibus-metrô-ônibus, entre Porto Alegre e Canoas, passa de R$ 8,52 para R$ 8,80. O desconto em relação à soma do total das tarifas (R$ 9,45) é de 6,88%.


Com o aumento da passagem do ônibus na capital, as lotações também êm a tarifa alterada. Também a partir de sexta (31), passa de R$ 5,60 para R$ 6.


Os usuários que possuem créditos ou abastecerem o cartão TRI antes de entrar em vigor a nova passagem terão 30 dias para utilizar o valor de R$ 3,75.


 


Sobre o reajuste


 


Na terça-feira (28), o Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) aprovou, por 14 votos a 3, a proposta de reajuste apresentado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Votaram contra a União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa), a União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (Umespa) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).


Durante a votação, houve protestos de grupos contrários ao aumento. A prefeitura chegou a reforçar a segurança na EPTC, onde ocorria a reunião dos conselheiros.


A nova tarifa foi sancionada pelo prefeito Nelson Marchezan Junior na quarta (29). Ela corresponde ao valor estipulado pela EPTC ainda antes da definição do dissídio dos rodoviários, entre R$ 3,95 a R$ 4,05. As empresas pediam que o valor fosse elevado para R$ 4,26.


O reajuste leva em consideração a licitação realizada em 2015, segundo a prefeitura. Metade do cálculo (49%) inclui despesas com pessoal, que é o salário dos rodoviários.


Outros itens considerados são combustíveis, lubrificantes, pneu e recapagem (22%); lucro – remuneração de capital e serviço (9%); depreciação de capital – renovação da frota (6%); manutenção da frota (5%); tributos (5%) e despesas administrativas (4%).


Além disso, o valor da tarifa depende do número de passageiros transportados e da quilometragem rodada pelos veículos. Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, de 2015 para 2016, a média mensal de pagantes diminuiu e a quantidade de quilômetros rodados permaneceu inalterada.

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