Estatais chinesas buscam formar consórcio para Ferrogrão, diz secretário do PPI

As empresas estatais chinesas pretendem formar um consórcio
para participarem da disputa para explorar a concessão a ferrovia conhecida
como Ferrogrão, disse à Reuters o secretário do Programa de Parceria de
Investimentos (PPI) do governo federal, Adalberto Vasconcelos.

Com 1,1 mil quilômetros, a Ferrogrão ligará produtores de
grãos do Centro-Oeste ao porto de Miritituba (PA), escoando a produção a portos
do Norte do país, funcionando como uma alternativa à BR-163. Nesta semana,
representante da maior operadora ferroviária do Brasil, Rumo, afirmou que a
estimativa de demanda da Ferrogrão está superestimada.

Vasconcelos afirmou que esteve recentemente na China e
recebeu indicações que empresas chinesas interessadas na Ferrogrão estão se
juntando em consórcio para participar do certame, previsto para o primeiro
semestre de 2018.

“Os chineses estão bastante interessados na Ferrogrão.
São empresas estatais de diversos ramos e estão montando um consórcio entre
elas”, disse Vasconcelos à Reuters. “São empresas dos ramos de
concreto, aço, dormentes formando um consórcio integrado para participar do
leilão. Os chineses não concorrem entre si fora do país”, acrescentou.

A ideia do governo, segundo o secretário do PPI, é
estabelecer investimento de 12,6 bilhões de reais para construção da Ferrogrão.
O prazo de concessão estudado é de 60 a 65 anos e o edital terá cláusula em que
outros operadores poderão entrar no projeto somente após a amortização do
capital investido pelo grupo que vencer o leilão para construção da via.

“Só vai operar quem construir a ferrovia, até se
amortizar o investimento. Isso deve levar 25 a 30 anos, ou seja metade do prazo
da concessão. Isso ocorre porque é uma ferrovia ‘greenfield’ (a ser
construída)”, disse Vasconcelos.

Fonte: Terra Notícias

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