Setor avalia como positiva a
indicação para Infraestrutura

O
mercado ferroviário vê com bons olhos a indicação de Tarcísio Gomes de Freitas
para o Ministério da Infraestrutura do novo governo. Para o presidente da
Abifer, Vicente Abate, e o diretor executivo da ANTF, Fernando Paes, a escolha
é uma forte sinalização de que os projetos ferroviários dentro do guarda-chuva
da secretaria especial do Programa do Programa de Parcerias de Investimentos
(PPI) terão continuidade. Freitas atualmente exerce o cargo de secretário de
Coordenação de Projetos na secretaria. O anúncio de seu nome foi feito ontem à
noite pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. A nova pasta vai absorver o
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.  

 

Cinco
projetos ferroviários de concessão estão em andamento pelo PPI. São eles:
Ferrovia de Integração Centro Oeste (Fico); Tramo Norte do Ferroanel de São
Paulo; Ferrovia Norte-Sul (trecho Porto Nacional-Estrela D’Oeste, cujo edital
será lançado amanhã, dia 29); Ferrogrão; e Ferrovia de Integração Oeste-Leste
(trecho Ilhéus-Caetité, na Bahia). Os projetos de renovação antecipada dos
contratos de concessão de cinco ferrovias (Rumo Malha Paulista, EFC, EFVM, MRS
e FCA) também foram qualificados no PPI. Em julho deste ano, foi anunciada a
inclusão de mais duas ferrovias no programa de concessões do governo: a EF-
118, entre Rio de Janeiro e Espírito Santo, e o tramo norte da Ferrovia
Norte-Sul, entre Açailândia (MA) e Barcarena (PA).   

 

“O
Tarcísio tem caráter pró-mercado, pró-logístico e pró-ferrovia. A escolha
reflete a intenção do novo governo de dar continuidade ao trabalho de
excelência já realizado pela secretaria”, diz Abate, que arrisca alguns prazos:
“A nossa expectativa é que a apresentação das propostas para o leilão da Norte
Sul ocorra em fevereiro de 2019. Já a renovação da Malha Paulista aconteça no
primeiro trimestre do próximo ano. A prorrogação das outras ferrovias no
primeiro semestre”. Abate ressalta que alguns projetos podem ganhar fôlego com
a renovação antecipada dos contratos – como a Fico e EF 118, Rio de
Janeiro-Vitória (projetos que poderiam entrar como contrapartida da Vale para
renovação); o Ferroanel (possível contrapartida da MRS para
renovação).   

 

Fernando
Paes destacou a capacitação técnica do novo ministro. “Foi indicação de um
servidor que entende da área de infraestrutura de transporte. O novo ministro
tem condições de dar continuidade aos projetos no curto prazo, fazendo os
ajustes necessários”.   

 

Formado
pelo Instituto Militar de Engenharia, Tarcísio Gomes de Freitas já foi diretor
executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no
governo de Dilma Rousseff, ficando no cargo entre 2011 e 2015.

 

Especialista
na área civil, também foi auditor concursado da Controladoria-Geral da União
(CGU) e atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão
de Paz no Haiti, em 2006. Por 16 anos, integrou a parte de planejamento e
execução de operações militares no Exército brasileiro.

 

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