Comércio no AM aponta crescimento com Ferrovia Transoceânica na região

O projeto da Ferrovia Transoceânica, que irá cruzar os estados do Amazonas, Acre, Goiás, Tocantins, Rondônia e Mato Grosso até o Peru, foi tema de um encontro entre o governador de Rondônia, Confúcio Moura, o presidente da Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio), José Tadros, o presidente da Rede Amazônica, jornalista Phelippe Daou, e o diretor da TV Amazon Sat, Phelippe Daou Jr.. O escoamento da produção e a redução do valor de frete a partir da ferrovia foram alguns dos benefícios apontados durante almoço na tarde desta quarta-feira (1º).

Avaliada em R$ 40 bilhões, a ferrovia sai do Rio de Janeiro e termina no Peru. Pensado com o objetivo de aumentar os negócios da América Latina com a China, o projeto da Transoceânica deve facilitar o acesso à produção brasileira, principalmente de soja.

De acordo com o governador Confúcio Moura, a construção do projeto viabiliza um grande crescimento no âmbito de exportação para estados do Norte e Centro-Oeste do Brasil.

“Essa ferrovia interessa muito a toda Região Norte, especialmente à Amazônia Ocidental. Embora não passe aqui, interessa muito a Manaus também. Todo o escoamento da produção dos produtos industrializados da Zona Franca de Manaus sai por aviões, que é um transporte caríssimo. Mas, com a ferrovia, a mercadoria poderá ser levada a qualquer destino, tanto para o miolo do brasil, quanto para o exterior”, disse.

Para o presidente da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio), a Transoceânica será fundamental para o desenvolvimento comercial de estados como Roraima, que poderá escoar produções para o Amazonas.

“Com tudo isso, nós teremos um país em desenvolvimento que nos permite ter a segurança de que a Amazônia sempre será nossa, e que o sistema das relações de troca que abre o Brasil para o resto do mundo nos transformará em uma economia desenvolvida”, disse Tadros.

Ainda segundo Confúcio Moura, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, deverá elaborar pauta sobre a ferrovia para ser apresentada, em audiência, à presidente Dilma Rouseff.

Os próximos passos de elaboração do projeto incluem os estudos socioambientais, que serão feitos pelo governo chinês com delegação brasileira, e a preparação de leis reguladoras para acelerar o andamento do projeto.

A Ferrovia

No dia 8 de junho de 2015, foi assinado um protocolo de intenções em prol da Ferrovia Transoceânica no município de Ji-Paraná (RO), pelo governador de Mato Grosso, Pedro Taques, do Acre Tião Viana, e de Rondônia, Confúcio Moura.

O protocolo é resultado de uma parceria estratégica firmada entre os dois países e os 35 acordos assinados pela presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Um deles prevê o estudo de viabilidade de implantação da Ferrovia Transoceânica.

A ferrovia tem um trecho estimado de 3,5 mil quilômetros de extensão e um investimento previsto com base no custo de construção e material rodante de outras ferrovias brasileiras. O valor estimado é de R$40 bilhões.

A transoceânica deve ser construída paralelamente à BR-364 e será utilizada no escoamento de produção com destino ao país asiático.

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