O presidente da Rumo Logística, Júlio Fontana Neto, afirmou
nesta segunda-feira, 5, que o setor ferroviário não sofreu grandes impactos com
o envolvimento das principais construtoras do País na Lava Jato, uma vez que
tais empresas já não participavam de maneira relevante do segmento.
“Desde o início das concessões, a rede de ferrovias
vinha definhando, perdemos expertise ferroviária no Brasil”, disse
Fontana, durante participação no Construbusiness, congresso sobre construção e
infraestrutura organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp).
Segundo o executivo, nos últimos anos, o setor acostumou-se
a trabalhar com pequenas e médias construtoras. “As grandes empresas já
não tinham apetite por obras ferroviárias”, afirmou. “Esse tipo de
problema (ligado à Lava Jato) não nos afetou”.
Licenciamento
ambiental
Questionado sobre a demora para a obtenção de licenças
ambientais das obras de infraestrutura, Fontana afirmou que, num cenário ideal,
todo projeto licitado pelo governo já viria com o licenciamento aprovado, de
modo a agilizar o andamento das obras. “Em qualquer lugar minimamente
civilizado, teríamos isso. O tempo para conseguir uma licença é absurdo”,
disse.
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