Trensurb prevê que três dos 15 trens novos, parados desde abril, voltem a circular em julho

Alvo de um inquérito civil em tramitação no Ministério Público Federal em Novo Hamburgo, a Trensurb encaminhou esclarecimentos sobre a paralisação dos trens novos da empresa, comprados em 2015 e fora de circulação desde abril. A previsão é de que até julho, três unidades voltem a circular. As outras 12 devem retomar as atividades até outubro. No início da semana, o procurador da República Celso Tres esteve reunido com o gerente jurídico da Trensurb, Carlos Manbrini, e o superintendente de Desenvolvimento e Expansão, Nazur Garcia, integrantes da comitiva da empresa.

Os dirigentes informaram ainda que, em relação a aquisição das unidades, R$ 10 milhões ainda não foram quitados pela Trensurb e estão embargados até a solução do problema.

Entres os documentos entregues, há informações detalhando o histórico da aquisição dos trens, a certificação dos fabricantes e fornecedores de peças, os certificados de garantia, o defeito de origem detectado que levou à retirada de circulação (infiltração de água nos rolamentos dos truques das composições) e as cobranças feitas ao fornecedor (Alston/CAF), não apenas de conserto, mas também de ressarcimento à Trensurb pelos custos extras – como a energia elétrica gasta a mais em função do uso de trens antigos, não previsto pela companhia.

O procurador Celso Tres confirmou que vai seguir acompanhando o conserto dos veículos para, posteriormente, examinar se cabe cobrar responsabilização.

Relembre

As composições foram adquiridas pelo consórcio FrotaPoa (formado pelas empresas Alstom e CAF). O gasto energético é cerca de 30% inferior às do sistema tradicional, que teve os vagões adquiridos em 1985. O investimento na aquisição dos carros passou de R$ 240 milhões.

Saiba mais

No começo de abril, a Trensurb voltou a utilizar o sistema de “carrossel” entre as estações Sapucaia, Mathias Velho e Mercado após incêndio causado em subestação de energia de Sapucaia.

Conforme a estatal, os danos causados afetaram a capacidade energética da linha, o que impede a circulação dos trens acoplados, com oito vagões, o que só é possível com o modelo novo. A medida foi tomada porque, sem a possibilidade de inclusão de mais carros no trecho, a capacidade de transporte é reduzida pela metade.

Fonte:  Rádio Guaíba

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