Somente em 2014, 215 toneladas de lixo foram retiradas da linha férrea sob concessão da MRS Logística, esforço que representou um gasto de, aproximadamente, R$ 2,7 milhões, recursos que poderiam ter sido investidos em outros benefícios para a população como, por exemplo, mais melhorias nas passagens em nível ou construção de outras passarelas.
A ferrovia não gera lixo. Apesar disso, parte da população despeja, de forma irregular, esse material na faixa de domínio da linha férrea. Além do risco para a saúde pública (insetos, roedores e outros animais), o lixo representa um vetor de risco operacional para a empresa e, por consequência, para a comunidade. Ele pode entupir os dispositivos de drenagem da ferrovia, prejudicando a infraestrutura da malha e impedindo assim o escoamento das águas pluviais e provocar o alagamento do entorno, além de diminuir o tempo útil da manutenção da superestrutura de via permanente.
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CIDADES MAIS CRÍTICAS E BUSCA POR ALTERNATIVAS
A região conhecida como Grande Rio e a cidade de Juiz de Fora são os locais nos quais o problema é mais presente. Para que se tenha uma ideia, somente na cidade mineira, foram recolhidas 15 toneladas de lixo em 2014. A limpeza da ferrovia, somente neste município, gerou um custo de, aproximadamente, R$ 500 mil. Nessas localidades, a empresa tem trabalhado em parceria com o poder público para viabilizar uma logística apropriada para o transporte do lixo até o destino final.
“Em Juiz de Fora , por exemplo, firmamos parceria com a prefeitura. Foram definidos alguns pontos estratégicos para facilitar o recolhimento do entulho e do lixo deixados ao longo da linha férrea. Na região do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense, o problema é tão crítico que temos um contrato exclusivo para recolhimento do lixo despejado de forma irregular na nossa faixa de domínio”, destacou o gerente de manutenção de infraestrutura da malha, Renato Bahia.
Apesar de todo este esforço, trata-se de um problema crônico que, para ser sanado de forma definitiva, depende exclusivamente da conscientização das comunidades com as quais a empresa convive.
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