Um pontapé inicial. Esta foi a definição dada pelo governador Jaques Wagner para o convênio assinado nesta sexta, 20, entre o governo da Bahia e as prefeituras de Salvador e Lauro de Freitas, que permitirá preparar a licitação para a construção da linha 2 do metrô, que ligará o Acesso Norte a Lauro de Freitas.
Apesar de permitir que o governo do Estado dê prosseguimento aos trâmites necessários para publicação do edital de licitação, o convênio não traz uma definição precisa sobre a modelagem do futuro sistema de transportes. De certo, até o momento, só o fato de que o sistema deverá ter uma gestão tripartite, envolvendo o governo estadual e as prefeituras de Salvador e Lauro de Freitas.
A expectativa, no entanto, é que seja criada uma empresa com participação do governo estadual e das prefeituras em que cada um entre com os seus ativos. Esta empresa seria responsável pela concessão do sistema, que seria gerido pela iniciativa privada. Nesta modelagem não seria necessário o Estado assumir o controle de patrimônios municipais, como a Companhia de Transportes de Salvador (CTS), responsável pela linha do metrô entre a Lapa e Pirajá.
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“Parte da polêmica passou pela ideia de que o Estado está recepcionado um patrimônio. Não se trata disso. Estamos somando dois patrimônios para montar um sistema. Com esta formatação, começamos a superar as dificuldades”, destacou o governador Jaques Wagner. Com a assinatura da anuência, o próximo passo será a realização de consultas públicas em fevereiro para debater a implantação do sistema.
A licitação será anunciada em julho, com previsão de início das obras no final de agosto. Serão investidos R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1 bilhão do governo federal e R$ 600 milhões do Estado da Bahia, captados por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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