Lula anunciou que voltará a Pernambuco em março para inaugurar duas fábricas em Salgueiro, no Sertão, que vão dar suporte à construção da Ferrovia Transnordestina.
As unidades de produção de dormentes de concreto e de brita serão instaladas pela Norberto Odebrecht para abastecer os canteiros da obra que vai ligar o município de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE).
Vamos inaugurar a maior fábrica de dormente de concreto do mundo. E vamos inaugurar uma usina de brita, que valerá pelas 40 maiores usinas de brita de São Paulo, discursou o presidente durante a inauguração da UPA de Paulista. A visita de Lula em março deve ocorrer por volta do dia 20. Em junho, é possível que ele retorne para visitar as obras da Transnordestina, conforme sugeriu em sua fala.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
O diretor da Odebrecht, Pedro Leão, não foi localizado para comentar o assunto, mas sabe-se que a construtora utiliza a mesma estratégia na obra da Ferrovia Norte-Sul. No canteiro de Colinas (TO), chegaram a ser produzidas em média 1,1 mil dormentes por dia, a maior em funcionamento no país até então.
Na construção de uma ferrovia, a brita dá o lastro para colocação dos dormentes, que por sua vez dão suporte aos trilhos. A empresa que vai fazer o gerenciamento da fabricação dos dormentes para a Transnordestina é a Tecomat. Estima-se que serão produzidos, em Salgueiro, mais de dois milhões de dormentes.
A Transnordestina, orçada em R$ 5,4 bilhões, terá 1.730 quilômetros. A Odebrecht, contratada pela Transnordestina Logística, vai executar dez lotes da obra, cinco deles localizados em Pernambuco e o restante no Piauí. São os lotes 3 e 4 do trecho de 133 quilômetros entre Serra Talhada e Arcoverde; os lotes 6 e 7, que juntos somam 94 quilômetros entre Pesqueira e Belém de Maria; e o lote 2, que vai de São José do Belmonte a Serra Talhada, com extensão de 54 quilômetros. No segundo semestre, durante o pico das obras, está prevista a geração de 7 mil empregos diretos.
Seja o primeiro a comentar