“Desde 1º de janeiro de 2013, quando assumi a Prefeitura, não houve nenhum milímetro de alteração do projeto. O que fizemos foi referendar a opção que é a melhor para a cidade, que é no canteiro central (da Avenida Francisco Glicério), em função dos impactos no trânsito, como já foi amplamente discutido e explicado”.
A afirmação é do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), ao ser questionado ontem à tarde pelo Diário do Litoral sobre uma declaração dada pelo promotor de Justiça Daury de Paula Júnior à Rádio Estadão. Em entrevista dada na semana passada à jornalista Alessandra Romano, o representante do Ministério Público afirmou que “o traçado do VLT foi desviado para favorecer um único empresário local”.
O chefe do Executivo santista destaca que a área onde se encontra a linha férrea será utilizada. “Vamos ganhar uma grande avenida. Há um processo de reurbanização completo da Avenida Francisco Glicério, que será uma das melhores avenidas de Santos após esse projeto”.
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Quanto ao traçado do projeto, Paulo Alexandre Barbosa frisou que ela é fruto de “uma posição muito bem embasada de todos os técnicos”. “É importante colocar que esse projeto conta com aprovação do Governo Municipal, do Governo Estadual e também do Governo Federal. As três esferas de governo entendem que essa é a melhor opção”.
Quanto à ação cautelar apresentada pelo Ministério Público, que resultou em uma liminar dada pela Justiça para interromper a obra, o prefeito santista disse estar tranquilo. “O Ministério Público faz um trabalho extremamente importante, nós vamos continuar à disposição do Ministério Público para prestar qualquer tipo de esclarecimento e informação que seja necessária”.
Segundo Paulo Alexandre, “maior prejuízo do que obra parada não existe. Principalmente para a população, que é a mais prejudicada. Milhares de pessoas têm de acordar cedo, sair de suas casas para trabalhar e não podem ser privadas de ter um transporte com mais qualidade, com mais eficiência, podendo fazer o mesmo deslocamento em muito menos tempo”.
O chefe do Executivo santista lembrou que quando assumiu o Governo se comprometeu a cuidar do projeto do VLT “como um projeto estratégico. Começamos as obras em maio, com cinco meses de governo, e vamos continuar trabalhando para que essas obras sejam concluídas com a maior rapidez possível”.
Procurada pelo Diário do Litoral no final da tarde, a EMTU, responsável pela obra, disse não ter tempo para apurar se a liminar chegou à empresa e se os trabalhos continuavam. Já a Prefeitura de Santos, também procurada no final da tarde, respondeu, às 20h35, não ter recebido informação nenhuma da EMTU quanto à liminar e sobre a sequência ou não dos trabalhos.
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