20h30 de quinta-feira: dez dos 85 vagões de um trem (seis saíram dos trilhos e quatro tombaram) carregados de milho e soja pararam numa breve curva na Vila Costa Muniz, em Cubatão. Susto grande aos moradores do entorno e complicadores na fuidez do trânsito.
Seis dias depois, funcionários da América Latina Logística (ALL) – concessionária da linha férrea – ainda trabalham em ritmo intenso na limpeza de área atingida.
Operação que provoca transtorno ao fluxo de veículos, em especial nos horários de pico: manhã e final da tarde. Como o ponto do incidente fica em um dos principais acessos à Via Anchieta, uma faixa de rolamento permanece interditada para a limpeza da área.
Com isso, filas de carros aguardam (sem nenhum agente de trânsito) a liberação do fluxo. Abusos são comuns.
Embora a concessionária afirme que as causas do incidente ainda são apuradas, moradores da localidade relatam problemas nos dormentes dos trilhos. Desde sexta-feira passada, o madeiramento da via férrea recebe melhorias.
Mesmo assim, é possível ver alguns itens danificados. “Ainda no sábado, afundei meu pé no milho”, relata um aposentado, sem se identificar. Na manhã de ontem, milho e soja permaneciam espalhados.
Devido à complexidade da tarefa, foi preciso serrar o vagão da parte inferior (onde se localizam as rodas e engrenagens de ferro).
A ALL prevê a finalização dos trabalhos ainda hoje. Inicialmente, a concessionária havia informado três dias de movimentações na área. O atraso foi motivado pelas condições climáticas do final de semana.
A empresa afirma, ainda, que a linha férrea foi liberada na sexta-feira, por volta do meio dia. E que foi aberta uma sindicância para apurar as causas do acidente. Há um estudo de duplicação do traçado, que a concessionário afirma não ter sofrido nenhum impacto com o incidente.
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