ALL inicia recuperação de 131 km em SP

Na antiga estrada de ferro, por onde circulavam luxuosos trens de passageiros no século passado, hoje passa uma caminhonete D-20 adaptada para trilhos. Toda semana, o veículo de 2,5 toneladas percorre os 131 quilômetros (km) entre Pradópolis e Colina, no oeste de São Paulo, para fazer a manutenção das vias. De tempos em tempos, um trem de serviço, de 100 toneladas, faz o mesmo trajeto para cortar o mato que insiste em invadir o leito da ferrovia.


O tamanho dos dois veículos é o máximo que a estrutura antiga aguenta hoje em dia. Os dormentes que sustentam os trilhos (trocados na década de 40) estão podres ou queimados. Alguns nem existem mais, o que inviabiliza o transporte de carga. Nas áreas urbanas, o leito da ferrovia mais parece um depósito de lixo, já que não há barreira para separar a rua dos trilhos. A única coisa que continua intacta é a cancela, no centro do município de Barrinha. Ela funciona apenas uma vez por semana, quando a caminhonete ou o trem de serviço passa.


Esse cenário, no entanto, está prestes a mudar. Nas próximas semanas, um batalhão de trabalhadores vai iniciar a recuperação da ferrovia, que já foi o principal meio de locomoção dos moradores da região. Os trens de passageiros pararam de fazer o trajeto na década de 90. Alguns poucos vagões de carga continuaram a trafegar até dezembro de 2006. Desde então, os trilhos não recebem grandes trens.


A reconstrução das vias será feita pela concessionária América Latina Logística (ALL) em parceria com a trading Agrovia. Esse será o primeiro de 27 trechos que deverão ser recuperados nos próximos anos em todo País pelas concessionárias.


Nos 131km entre Pradópolis e Colina, a ALL terá de trocar 60 mil dormentes – uma média de 458 peças por quilômetro. Também terão de repor 185 km de trilhos. No total, a recuperação da antiga ferrovia vai demandar investimentos de R$ 110 milhões. O dinheiro será desembolsado pela Agrovia e a construção tocada pela ALL.


As obras vão durar cerca de 18 meses. Quando concluídas, em 2013, permitirão a passagem de trens com até 80 vagões de quase 100 toneladas cada um. Por ano, a ferrovia terá capacidade para transportar 4 milhões de toneladas de açúcar até o Porto de Santos. Hoje o trecho entre Pradópolis e Araraquara, em operação, já permite a movimentação de 1,5 milhão de toneladas de açúcar, a maioria da Usina São Martinho. São 67 km de trilhos que também receberão melhorias para aumentar a velocidade dos comboios. Em Araraquara, os trilhos se conectam à linha tronco da ALL, que vai até Santos.


O contrato entre ALL e Agrovia terá duração de 25 anos. Com a recuperação da ferrovia, a ALL pretende buscar novos mercados em Minas Gerais e Goiás, afirma o superintendente de Commodities da concessionária, Leonardo Recondo. Esse projeto abre oportunidade para o transporte não só do açúcar, como de grãos e fertilizantes.


Na avaliação dele, a reativação ferroviária tende a dar início a um novo ciclo virtuoso na região. Antes, avalia o executivo, as empresas não tinham tanto interesse de se instalar no local por causa dos problemas logísticos. Agora, essa deficiência será resolvida.


Hoje nossa principal atividade é a indústria da cana-de-açúcar. Qualquer medida que venha para beneficiá-los também nos beneficia, afirma o chefe de gabinete da prefeitura de Pradópolis, Alexandre Rossi. Na cidade, que tem o DNA da Usina São Martinho, cerca de 80% da mão de obra especializada vai para a indústria de açúcar e álcool. Pradópolis têm pouco mais de 17 mil habitantes e é circundada por grandes canaviais, que fornecem matéria-prima para a usina.


O modelo para recuperar o trecho da ferrovia já é usado pela ALL. O primeiro grande projeto surgiu em uma parceria com a Cosan e deu origem à Rumo Logística. A nova empresa está investindo R$ 1,3 bilhão na recuperação dos trilhos, locomotivas e vagões. Segundo Recondo, outros negócios estão em conversação, mas por enquanto não há nada concluído.

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