Em um pátio ferroviário de Wellsboro, ao norte da Pensilvânia (EUA), dezenas de vagões esperam para descarregar milhares de toneladas de areia em diversos caminhões, os quais transportarão o produto para as plataformas de gás natural ao longo do referido estado norte-americano.
A ferrovia de carga, que se estende 53 quilômetros para o norte de Corning, Nova York, teve seu ano mais lucrativo em duas décadas, a partir de 2009, devido à grande demanda de uma indústria de gás natural, que utiliza areia em operações de fraturamento hidráulico.
A receita da Wellsboro & Corning Railroad, chefiada por Tom Myles, dobrou o ano passado, e os contratos para transporte de areia iniciados o ano passado vão dobrar novamente a receita em 2010, gerando 80% do lucro de toda a empresa.
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É época de colheita para Myles – que comprou o material rodante da ferrovia por US$ 750 mil em janeiro de 2008, esperando servir duas empresas manufatureiras locais – e para Wellsboro, que possui 3200 habitantes, e fazendas ao redor.
“Esta é uma grande oportunidade para nós operarmos neste nível”, diz Bill Myles, gerente de operações ferroviárias. A companhia acaba de investir US$ 1,5 milhão em quatro poderosas e novas locomotivas, além de contratar mais funcionários e construir trilhos.
Como muitas cidades rurais, Wellsboro está enriquecendo para desenvolver o Marcellus Shale, uma formação que irá de Nova York a West Virginia contendo gás natural suficiente para atender a demanda americana nos próximos 20 anos, dizem os especialistas.
O “boom” do gás natural também transformou a vida de alguns fazendeiros locais, após lutar financeiramente por muitos anos, e agora possuem seis ou sete propostas das empresas de gás para o arrendamento de suas terras para perfuração.
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