Bancos chineses investem pesado na ferrovia

Na província de Yunnan, pilares gigantes de concreto se adentram pelos campos, traçando o percurso de uma das dezenas de novas linhas ferroviárias que a China está construindo.


No outro lado do país, em Xinjiang, construtoras labutam em uma solitária linha ferroviária que terminará na cidade de Kashgar. De uma ponta do país a outra, o “boom” ferroviário transformará a terceira maior potência econômica do mundo.


Ao facilitar a movimentação de carga e pessoas, a ferrovia gradualmente deslocará o centro da economia chinesa, acelerando o desenvolvimento da China central e ocidental, assim como os norte-americanos fizeram no século XIX.


Jing Ulrich, presidente de ações e commodities da China pela JP Morgan, também vê comparações com a construção das rodovias interestaduais norte-americanas e a rede japonesa de alta velocidade Shinkansen. Ambas forjaram profundas mudanças sócio-econômicas.


“Entretanto, devido à escala imensa de construção, a velocidade de um serviço mais rápido e a vasta população da China, o impacto transformador pode ser ainda mais profundo”, disse a executiva em um relatório recente.


À medida que há uma melhor articulação dos transportes incentiva os fabricantes a mudar para longe da costa, a demanda por bens no interior crescerá, elevando o sentimento do consumidor e vendas no varejo. A ferrovia também será um benefício para o turismo, disse Ulrich.


Grande orçamento


Com os transportes de carga e passageiro, a China possui a maior malha do mundo hoje. Porém, ao medir o tamanho do país e as necessidades da população de 1,3 bilhões de habitantes, é pouco.


A densidade da malha, medida por quilômetros de linha por milhões de habitantes, é inferior a um décimo da Rússia, Estados Unidos ou Canadá, um sétimo da União Européia e cerca de um terço do Japão, de acordo com o Banco Mundial.


Esta rede esparsa, totalizando 86000 km no final de 2009, é tão sobrecarregada que carrega um quarto do tráfego mundial de trens em cerca de 6% das linhas do mundo.
Não é à toa que a China sofre escassez de energia contínua, porque os trens de carvão atrasam para chegar às usinas, assim como são desviados para ramais para abrir caminho aos trens de passageiros.


Bem consciente do problema, o governo transformou a crise numa oportunidade para avançar seu plano de longo prazo para aumentar a rede para 120000 km em 2020.
A construção da ferrovia criou cerca de seis milhões de empregos no ano passado, gerando demanda por 20 milhões de toneladas métricas de aço e 120 milhões de toneladas de cimento.


“Se a política é que a infusão de muito dinheiro cria empregos, em seguida, a partir de uma perspectiva do transporte ferroviário é certamente o lugar onde o financiamento é necessário”, disse John Scales, especialista em políticas de transporte do Banco Mundial em Pequim.


Passos gigantes


Até o final de 2009, a obra em curso estava em nada menos de 33000 km de linhas, de acordo com analistas da Macquarie. Com o Ministério das Ferrovias projetando um orçamento de 17% nos gastos deste ano (US$ 120 bilhões), os chineses acreditam que o alvo de 120000 km poderia ser alcançado logo em 2015 e enxergam uma boa chance de que será aumentado para 150000 km.


O argumento econômico para a expansão da rede ferroviária é claro. Durante a fase de desenvolvimento do país, a demanda total de transporte tende a crescer mais rapidamente do que a renda per capita.


Alguns críticos dizem que a China está colocando muita ênfase nas linhas ferroviárias de alta velocidade, capazes de acomodar velocidades de até 350 km/h.


A China já tem a maior rede de alta velocidade operacional no mundo, com 6552 km, e pretende dobrar esse número para 13000 km em 2012 com a atualização das linhas existentes e a construção de outras novas. Quando a linha de ligação entre Pequim e Xangai se abrirá em 2012, o tempo de viagem será reduzido para quatro horas, em comparação às atuais 10 horas. A China é justamente orgulhosa dos passos de gigante que está fazendo. O país está se oferecendo para construir uma linha ferroviária de alta velocidade na Califórnia e está concorrendo a um contrato para ligar Meca e Medina, na Arábia Saudita.


Em seu território, o objetivo é reduzir, se possível, o tempo de viagem em cada capital provincial para cidades de segunda linha para duas horas ou menos, trazendo a convergência econômica para o país.

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