A Andrade Gutierrez tem interesse em participar da concessão do trem-bala e está em negociações para definir seus parceiros para o projeto. Nos bastidores, sabe-se que a construtora negocia com franceses e coreanos, mas está mais próxima dos japoneses.
A construtora brasileira, fundada em Minas Gerais, tem conversado com frequência com Mitsubishi, Toshiba, Mitsui, Itachi e Japan Railway. Uma eventual parceria entre a Andrade e as empresas de tecnologia japonesa, no entanto, está em xeque devido ao tsunami ocorrido em março deste ano naquele país. Fontes próximas às negociações mencionam que a catástrofe pode causar uma limitação da capacidade de financiamento a essas empresas. Por isso, a expansão das companhias em outros países pode ser comprometida por uma possível retração de recursos e a priorização de operações de negócios dentro do território do Japão.
Além disso, as companhias estão com receio da chamada “transferência de tecnologia”, requerida pelo edital elaborado pelo governo. O medo é que o sistema dos japoneses seja utilizado, no futuro, por outras empresas que obtenham possíveis concessões em diferentes trechos do trem.
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Procurada pelo Valor, a Andrade Gutierrez divulgou nota em que confirma o interesse em participar do projeto do Trem de Alta Velocidade brasileiro. De acordo com o texto, o grupo está em “fase avançada de estudos e de avaliação” do edital lançado pelo governo federal, bem como de “definição dos seus parceiros estratégicos”.
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