Até 2015, a Copersucar investirá R$ 2 bilhões em logística, com a intenção de fazer com que os trilhos – que hoje respondem por 50% do transporte de açúcar, com o restante feito pelas rodovias – representem 70%. Para atingir a meta, além de contar com investimentos das concessionárias ferroviárias, a empresa tem investido em terminais, material rodante e aperfeiçoamentos da via permanente.
Em março, após um investimento de R$ 30 milhões, foi inaugurado um terminal multimodal em Ribeirão Preto, que reúne sistema de recepção rodoviária, carregamento de vagões, esteiras transportadoras e uma pera ferroviária de 2,8 quilômetros. Esse desvio na linha férrea principal permite o uso de um trem tipo, uma composição maior com duas locomotivas e 65 vagões. “Isso permite um grande ganho de produtividade: o que se fazia em duas horas por vagão, se faz em dez minutos, enquanto a capacidade de expedição passou para 10 mil toneladas por dia”, diz Paulo Roberto de Souza, presidente da empresa.
Estima-se a redução de 42 mil viagens de caminhões por ano no trecho Ribeirão Preto-Santos.
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Dois terminais também deverão ser construídos em São Paulo e em Minas Gerais. Cada um terá R$ 20 milhões em investimentos, a ser feitos com capital próprio. Ainda estão em análise quais cidades receberão os terminais, mas a ideia é que estejam operacionais para a safra 2013/2014.
A empresa está investindo em seu terminal açucareiro no Porto de Santos, hoje com capacidade para 5,5 milhões de toneladas. Com R$ 125 milhões em recursos, ele passará a operar com oito milhões de toneladas já no próximo ano. A capacidade de carregamento de navios será duplicada para 3 mil toneladas por hora.
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