Brics devem investir em infraestrutura, diz Mantega

Para enfrentar a demora na recuperação da economia mundial e a retração dos mercados internacionais, os países emergentes devem apostar em seus mercados internos e, principalmente, nos investimentos em infraestrutura, defendeu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, após reunião dos ministros da Fazenda e presidentes dos Bancos Centrais dos Brics, o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Os ministros dos cinco países concordam com a prioridade para infraestrutura, disse Mantega, que anunciou interesse do Brasil em receber investimentos chineses no setor.


“Temos uma visão semelhante de que a economia internacional não avançou muito, ainda estamos tentando encerrar essa crise que começou em 2008, mas que está se prolongando nos países avançados”, comentou Mantega. Nós, os países emergentes, principalmente os Brics, temos que nos organizar para contrabalançar essas questões que emergem dessa demora”, sugeriu. “Nós é que vamos continuar com o crescimento da economia mundial, nós é que vamos ter que estimular o comércio, a demanda interna de nossos países”, disse.


O estímulo à demanda interna já “não vale” para o Brasil, que tem a demanda “ampliada”, ressalvou. “Um consenso entre todos é que os estímulos têm de caminhar pelo lado do investimento em infraestrutura”, defendeu.


“É uma necessidade até maior para nós, no Brasil, que estamos atrasados em relação a isso, porque temos demanda para isso, mas também a Índia enfatizou muito essa necessidade”, relatou. Hoje, os presidentes dos bancos de desenvolvimentos dos cinco países assinam acordo de cofinanciamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países da África. Mas, até agora, porém, o único instrumento de coordenação de investimentos nos próprios países dos Brics é o projeto de criação do Banco dos Brics, uma instituição financeira de desenvolvimento com recursos de pelo menos US$ 50 bilhões, que terá as negociações para sua constituição lançadas hoje pelos presidentes do bloco.


As negociações enfrentam resistência por parte da Rússia, mas Mantega crê ser possível firmar o acordo de constituição do banco até 2014, o que permitiria, após aprovação pelos legislativos dos cinco países, o início de operações financeiras até 2016.


“O banco de desenvolvimento dos Brics é uma necessidade”, afirmou o ministro. “Já existem outros bancos multilaterais, mas que não dão conta das necessidades que temos pela frente”, argumentou, lembrando que o país planeja investimentos de US$ 250 bilhões que poderiam ter a participação dos demais países. A Índia tem planos de investimento que somam US$ 1 trilhão, lembrou. “Isso mostra o tamanho da encrenca, os recursos de que precisamos.”


Segundo Mantega, a vantagem do Banco dos Brics será sua estrutura de governança, criada e mantida pelos cinco países, sem interferência externa. É exatamente essa estrutura, porém, um dos pontos ainda indefinidos da nova instituição. O Brasil sugere que o capital seja dividido igualitariamente pelos cinco sócios, numa operação como a da Corporação Andina de Fomento, instituição de financiamento de projetos na região andina com classificação máxima das agências de risco.


Apesar das restrições existentes no próprio governo em relação ao modelo aplicado pelas empresas de construção da China, que não costumam contratar mão de obra nem usar equipamentos comprados localmente, o ministro defendeu a associação com capitais chineses para investimento em infraestrutura no Brasil. “Hoje, a China é o maior parceiro comercial que o Brasil tem e podemos expandir esa parceria para outras áreas, como a de infraestrutura, na qual vamos dedicar esforços e ampliar investimentos”, disse Mantega.


“Estaremos abertos para que chineses possam participar também de empreendimentos em infraestrutura e energia, e também em petróleo e gás”, exemplificou. “São vários setores em que pode ser encontrada sinergia, complementaridade.”


Hoje, a presidente Dilma Rousseff se encontra com o recém-escolhido presidente da China, Xi Jinping, para conhecer a nova liderança chinesa e discutir planos de comércio e investimento. Ontem, como antecipou o Valor, os Bancos Centrais do Brasil e da China firmaram um acordo de “swap” de reservas, pelo qual, em caso de falta de liquidez internacional ou problemas no balanço de pagamentos de um dos países, os governos poderão sacar das reservas do outro o equivalente a cerca de US$ 30 bilhões (R$ 60 bilhões ou 190 bilhões de yuans).


O acordo de swap, segundo explicou Mantega, se destina a dar “retaguarda financeira” em caso de agravamento da crise, e tem prazo de três anos, renováveis, a critério dos dois governos.

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