Para que o Brasil tenha uma estrutura adequada de transportes, os investimentos no setor precisam avançar para cerca de R$ 30 bilhões ao ano. A avaliação é do secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos, que participou nesta terça-feira de seminário sobre construção pesada, em São Paulo.
Segundo ele, em 2010, os investimentos no setor somaram aproximadamente R$ 20 bilhões, sendo R$ 16 bilhões desembolsados pelo governo. “É possível ampliar essa dimensão”, assegurou.
Na semana passada, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, comentou durante evento na capital paulista que acredita que a redução de impostos para compra de máquinas e equipamentos deverá contribuir para a ampliação dos investimentos em infraestrutura no Brasil.
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Para este ano, a expectativa do governo é de que os investimentos públicos e privados em transportes no país se situem ao redor de R$ 20 bilhões, como no ano passado. Entretanto, essa cifra poderá subir consideravelmente nos próximos anos se os projetos identificados por um levantamento da consultoria LCA e da Fundação Getulio Vargas se concretizarem.
Segundo o estudo, citado pelo diretor do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Manuel Rossitto, durante o seminário, estão estimados em R$ 410 bilhões os investimentos no setor de transporte brasileiro até 2022.
O montante inclui os aportes para a implantação no país do Trem de Alta Velocidade (TAV), cujo leilão está previsto para o dia 29 de julho.
A expectativa do governo é de que, no decorrer dos próximos anos, a matriz de transportes do país sofra modificações, dando-se maior ênfase aos sistemas ferroviário e hidroviário, de forma a se reduzir a participação das rodovias.
“Isso não quer dizer que deixaremos de investir em rodovias. O Brasil é um país que sequer construiu aquilo que seria sua malha rodoviária básica”, ressaltou Passos, acrescentando que a questão é investir em eixos estratégicos.
Até 2022, segundo o levantamento apresentado pela Fiesp, R$ 2 trilhões deverão ser investidos em infraestrutura no Brasil, e outros R$ 3 trilhões em habitação.
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