Colheita da nova safra já derrapa na logística

O crescimento da produção de soja em Mato Grosso nesta safra 2009/10 traz à tona problemas antigos e bastante conhecidos pelos produtores e pelos governos do Estado e do país. A logística deficiente para percorrer o longo caminho aos portos fica mais evidente à medida que a safra aumenta e a colheita da soja avança. E é isso o que acontece.


Nos últimos anos, o investimento em armazenagem não acompanhou o aumento da produção e hoje não há silos suficientes para estocar o que se produz. A estimativa da Conab, que divulga hoje um novo levantamento, é de produção de 27,73 milhões de toneladas de grãos em Mato Grosso, sendo que a capacidade estática é para 26,25 milhões.


Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) indicam que só 17% da área plantada com soja em 2009/10 já foi colhida. Mesmo assim, já se pode notar um fluxo intenso de caminhões pelas principais estradas do Estado, especialmente nas rodovias federais, que formam grandes canais de escoamento entre as maiores regiões produtoras e as linhas férreas que levam a soja até os portos.


A BR-364, por exemplo, sai do extremo oeste de Mato Grosso, passa pela capital Cuiabá, desce para Rondonópolis (segunda maior cidade do Estado), entra em Goiás e vai até São Paulo. A rodovia é um dos principais eixos para o escoamento da soja do sudeste mato-grossense e recebe, por meio das estradas estaduais, o grão produzido em municípios como Jaciara, Primavera do Leste, Pedra Preta, Alto Araguaia, Alto Taquari, entre outros polos.


O sudeste de Mato Grosso é a segunda maior região produtora de soja do Estado. Produz uma em cada quatro sacas e será responsável por pela colheita de 4,36 milhões de toneladas nesta temporada. Além disso, a região é porta de entrada e saída do Estado, já que faz fronteiras com Goiás e com Mato Grosso do Sul.


Pouco antes da divisa entre os dois Estados do Centro-Oeste, porém, a BR-364 se encontra com o terminal da Ferronorte, ferrovia administrada pela ALL na cidade de Alto Araguaia, que liga o Centro-Oeste ao porto de Santos (SP). Apesar do volume relativamente pequeno de soja colhida até agora, uma fila de pelo menos cinco quilômetros de caminhões já se forma ao longo da BR.


Nesse cenário, os caminhoneiros chegam a passar dias parados no estreito acostamento da rodovia federal. Os grandes caminhões acabam ocupado parte da pista por onde outros veículos transitam nos dois sentidos. O trem seria a forma mais barata de escoar a soja do sudeste mato-grossense até os portos, mas diante da demanda pelo frete ferroviário, o valor nem sempre é vantajoso. Relatos de produtores dão conta de preços de frete de trem superiores ao de caminhão em safras passadas.


Por conta disso, muitos ainda optam por levar a soja das regiões de Itiquira e Alto Taquari, por exemplo, até os portos dentro de caminhões. Mesmo com a estratégia do governo estadual em recuperar estradas em parceria com os próprios produtores, algumas delas precisam melhorar muito para serem consideradas ruins. As péssimas condições fazem muita gente ficar encalhada pelos caminhos, especialmente em períodos como o atual, quando as chuvas transformam estradas de terra em verdadeiros atoleiros.


Percorrendo o trecho que liga Itiquira a Alto Araguaia, onde está a ALL, durante a edição deste ano do Rally da Safra, foi possível ver um caminhão carregado de soja que não conseguiu subir um trecho mais íngreme da estrada de terra. O veículo tentou subir, patinou e desceu, encalhando no “acostamento”, com a carroceria atravessada na pista.


A situação permitia que carros pequenos passassem pela barreira provocada pela carroceria, mas impedia que outros caminhões seguissem viagem. “Estamos esperando um trator chegar para nos tirar daqui”, disse o caminhoneiro, já acostumado com a quadro.

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