O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, informou hoje que as aprovações de projetos pelo banco saltaram de R$ 121,4 bilhões em 2008 para R$ 170,2 bilhões em 2009. Os desembolsos no ano passado atingiram no total R$ 137,4 bilhões. Coutinho reafirmou a expectativa do BNDES de ter desembolsos de pelo menos R$ 126 bilhões em 2010.
As consultas (pedidos formais de apoio ao BNDES) totalizaram R$ 223,9 bilhões em 2009, enquanto os projetos que passaram pela fase de enquadramento somaram R$ 190,1 bilhões. O desempenho das consultas e dos enquadramentos superou as expectativas do BNDES.
O Programa de Sustentação do Investimento (PSI), lançado pelo banco para estimular a venda de bens de capital em meados do ano passado, liberou R$ 37,1 bilhões em 2009, informou Coutinho. O número total ficou acima do dado preliminar anunciado em dezembro, que tinha sido de R$ 31,5 bilhões. Segundo Coutinho, “com o PSI, houve uma bela reação de compras de máquinas e equipamentos”.
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Pelos números do PSI, Coutinho previu que, no último trimestre do ano passado, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) continuou a crescer. O dado só será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março. De acordo com o presidente do BNDES, o Brasil superou a crise e o nível de confiança atual é até maior do que antes das turbulências.
Coutinho anunciou também projeções do banco para a taxa de investimento. Elas são de 16,9% em 2009, de 18,6% em 2010, 20,2% em 2011 e 21,2% em 2012. Antes da crise, o governo esperava que o país atingisse a taxa de 21% em 2010.
Infraestrutura
O BNDES mapeou investimentos de R$ 762 bilhões em setores da indústria e da infraestrutura entre 2010 e 2013. Desse total, R$ 488 bilhões são relativos à indústria e R$ 274 bilhões referem-se à infraestrutura. Os destaques são os setores de petróleo e gás, com R$ 307 bilhões, e setores ligados ao mercado interno (automotivo, eletroeletrônico e petroquímica), com R$ 149 bilhões.
Os setores relativos ao orçamento fiscal e a políticas públicas, como energia elétrica, saneamento, ferrovias, rodovias e portos, respondem por R$ 207 bilhões. O restante refere-se aos setores ligados ao mercado externo, como siderurgia, papel e celulose e indústria extrativa mineral.
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