Trends quer se associar à chinesa CNR

O Grupo Trends, que atua com engenharia e consultoria para o setor ferroviário, tem planos para se associar à chinesa CNR (China North Railway) para a possível construção de uma fábrica de trens no Brasil. O cálculo óbvio e imediato é o seguinte: se a CNR começa a se destacas como fornecedora em grandes licitações por oferecer os preços mais competitivos enviando os trens da China, instalada no Brasil poderá potencializar o fator e ficar ainda mais competitiva.


Antes de negociar com os chineses os termos da construção de uma fábrica, porém, Paulo Benites, presidente da Trends, sabe que terá de promover uma grande reorganização na empresa. O grupo passa atualmente por um complexo processo de estruturação para cumprimento das regras de governança corporativa. O objetivo é criar condições para um processo de abertura de capital ou de associação com um fundo de investimento.


Por enquanto, a Trends representa a CNR em uma negociação para o fornecimento de 120 carros para o estado do Rio de Janeiro que devem circular no subúrbio do Rio. Outra proposta – em processo de análise – foi enviada para o fornecimento de 72 carros para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo. Assim, se depender dos planos de Benites, a possível fábrica no Brasil já tem demanda quase certa, visto que ele também aguarda a publicação de vários outros editais de concorrência para propor novas negociações. Entre eles, a linha 5 do Metrô de São Paulo (com previsão de compra de 156 carros), os metrôs de Belo Horizonte e Recife, e a Empresa de Trens Urbanos (Trensurb) de Porto Alegre.


O interesse da chinesa em estabelecer-se no Brasil tem como base a cláusula de preferência doméstica dos financiamentos (como os do Banco Mundial) para o fornecimento de maquinário. No projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), por exemplo, além da questão do aporte financeiro, o governo brasileiro também vai definir regras de transferência de tecnologia e índice de nacionalização. E esse modelo tem sido avaliado em outras licitações futuras do setor ferroviário.


A CNR é um consórcio formado por várias fabricantes estatais chinesas de trens e equipamentos relacionados ao setor para atuação fora da China. No caso dos trens negociados para virem para o Rio pela Trends, a fabricante é a CRC e a trading envolvida com a negociação é a CMC.


Antes disso, o consórcio começou a preocupar os fornecedores brasileiros desde que levou, no início de 2009, a licitação para o fornecimento de trens para o metrô do Rio, por US$ 163 milhões. Nesta negociação, porém, não houve a intermediação da Trends. À época, o preço da CNR foi considerado imbatível e a concorrência disse que a licitação não deu preferência à produção nacional. Todo equipamento chinês que chegará ao Rio a partir de 2011 é importado.


Companhia é parceira da Posco no Metrô


Outra grande associação do Grupo Trends foi fechada em 2008 com a coreana Posco para fornecer o sistema de portas de vidro das plataformas do Metrô de São Paulo. Até agora, o consórcio levou três licitações para a instalação das portas nas linhas verde e amarela, e em parte da linha vermelha, por R$ 150 milhões. Mas o plano do Metrô é levar o equipamento para todas as suas 65 estações, e a Trends também tem conversado com a CPTM e com o Metrô do Rio de Janeiro sobre outros projetos semelhantes.


Segundo o presidente da Trends, Paulo Benites, as primeiras unidades estão sendo trazidas desmontadas da Coréia, e instaladas aqui – o conteúdo importado é de 40%. A Trends pretende aumentar a nacionalização do produto até cerca de 80%, trazendo da Coréia apenas parte do sistema de controle do equipamento e, com isso, vidros, estrutura e parte mecânica seriam feitos aqui.


Da Coréia, também vem a negociação para participar do projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV). Entre as estatais coreanas que devem comparecer no consórcio, com forte participação do governo, a principal é a Korea Rail Network Administration (KRNA), responsável pela construção da malha ferroviária da Coréia e com negócios no Sudeste asiático, na China e no Oriente Médio.


O próximo passo entre as negociações da Trends previstas para novas representações no Brasil já está a caminho. Benites vai à Espanha acertar uma parceria na área de reforma de trens. A holding também espera um posicionamento da italiana Ansaldo – a primeira empresa que começou a representar no Brasil, há quatro anos – sobre nacionalização de produção na área de sinalização. “O timing para nos estruturarmos foi bom. Por isso aproveitamos diversas oportunidades”.


Segundo o executivo, a área de infraestrutura só vai crescer. Há muitas previsões de projetos ainda para saírem do papel, como o metrô de Manaus e as adequações no sistema de transporte de Curitiba. “Muita coisa vai acontecer nos próximos 20 anos em infraestrutura, apesar de o pico desses negócios estar mais concentrado até 2014, por causa da Copa. Só que a indústria se fortalece com pedidos mais constantes. Haverá continuidade”.

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Fonte: Brasil Econômico

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