Trem da Iugoslávia comunista vira atração turística

O Trem Azul de Josip Broz Tito, em seu tempo um símbolo de poder na Iugoslávia comunista, é hoje em dia um atrativo turístico que permite, a quem possa pagar, desfrutar o mito e o luxo daquela que foi a “residência móvel” do histórico dirigente socialista.


Desde que começou a circular em 1959, até a morte de Tito em 1980, o trem presidencial percorreu cerca de 600 mil quilômetros pela Iugoslávia e vários países europeus, e hospedou 60 estadistas, entre eles, a rainha Elizabeth 2ª e o ex-primeiro-ministro da Índia, Jawaharlal Nehru.


As partes mais atrativas do trem são o dormitório com o banheiro de Tito e sua esposa, Jovanka, e os quartos de seus convidados, decorados de forma minimalista, com linhas retas e sem adornos, a última moda naquele tempo.


A mobília tem a ver com os gostos de Tito e da “primeira-dama”: madeira de plátano para ela e de pêra para ele, que preferia a elegante matiz desta árvore, conta Zeljko Jovanovic, chefe do projeto Plavi Voz (Trem Azul) da empresa estatal de ferrovias sérvias.


O comboio inclui também um escritório de trabalho do líder, uma sala de conferências com espaço para 30 pessoas, um refeitório e um bar.


“O interior está como então, não mudou nada, só pinturas e tapetes. Para o tempo em que foi construído, o Trem Azul foi um luxo”, explica à agência Efe Jovanovic.


O luxo e o conforto incluíam também um então inovador sistema de ar condicionado, que ainda funciona, linha telefônica própria, receptores de rádio e televisão, e um projetor de cinema.
Dos seis vagões que compõem o trem, dois eram destinados a garantir a provisão de calefação e eletricidade, graças a um gerador próprio de gasóleo.


“A ideia do trem foi de Tito, que preferia meios de transporte terrestres a viagens pelo ar. Era um dos poucos presidentes que não tinha um avião”, relata Sinisa Vujinovic, do departamento de veículos especiais da empresa Ferrovias da Sérvia.


O veículo foi projetado por especialistas iugoslavos e construído em Maribor, na Eslovênia, uma das repúblicas que formavam a então Iugoslávia, junto com Croácia, Bósnia, Sérvia, Montenegro e Macedônia.


As viagens no trem de Tito eram cercadas de grandes medidas de segurança: os horários dos percursos eram mantidos em segredo até o último momento e o comboio viajava dividido em várias seções, cada uma com a sua locomotiva.


Do exterior é impossível distinguir as dependências pessoais de Tito e o resto dos quartos, por isso não era possível saber em qual seção o presidente viajava.


Após a morte do líder, o trem foi utilizado como museu, até que em 2004 a Ferrovias da Sérvia começou sua exploração comercial.


“Ele é alugado tanto para viagens como para visitas, filmanges de séries, filmes, tudo o que deve representar com autenticidade aquela época. Para viagens, é alugado cerca de 30 a 40 vezes por ano”, conta Vujinovic, que cita festas de aniversário, casamentos e outros tipos de comemorações.


Os preços de aluguel são consideráveis e dependem do evento e do número de passageiros. Por exemplo, alugar o trem para um trajeto privado de 180 quilômetros desde Belgrado (ida e volta) pode sair por cerca de 3.000 euros.


Um dos últimos serviços oficiais do Trem Azul foi transportar o corpo de Tito de Liubliana, onde morreu em maio de 1980, até Belgrado.

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Fonte: EFE

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