Na disputa por recursos com a área econômica para executar obras, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, quer usar R$ 5,7 bilhões dos fundos de desenvolvimento regionais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste que estão parados no Tesouro Nacional. A ideia é transformar esses fundos públicos em privados e reduzir a taxa cobrada pelos bancos públicos para administrá-los.
– Nós estamos redefinindo a função dos fundos de desenvolvimento regionais, que hoje têm baixíssima execução. Estou falando em R$ 5,7 bilhões que estão estagnados nas contas do nosso Tesouro Nacional – disse Marinho, ao participar de uma live realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), nesta terça-feira.
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Segundo ele, a ideia é que esses fundos tenham uma governança semelhante ao FGTS, que dispõe de um Conselho Curador para definir prioridades de investimento. Marinho disse que a redução da taxa de administração dos fundos regionais poderá gerar uma economia de recursos. Por ano, haveria uma disponibilidade para projetos estruturados entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2 bilhões.
O objetivo final, destacou o ministro, é estruturar projetos para atrair investimentos privados. Ele estima um potencial de recursos entre R$ 80 e R$ 100 bilhões com a iniciativa.
– Cada bilhão de reais que é contabilizado na estruturação de projetos de qualidade, projetos que se ponham de pé na área de saneamento básico, de mobilidade, de recursos hídricos, de iluminação e arranjos produtivos permitirá que nós possamos recepcionar de R$ 80 a R$ 100 bilhões em investimentos. Um projeto bem estruturado é comprado pela iniciativa privada – disse o ministro.
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