Bombardier faz sua aposta nos grandes

Num momento em que a Bombardier Inc. começa a ver sinais de recuperação da indústria aeroespacial, o diretor-presidente da empresa, Pierre Beaudoin, está apostando seu legado em um novo jato chamado CSeries, que vai colocar a fabricante canadense de aviões e trens, maior rival da Embraer, em competição direta com a Airbus e a Boeing Co.


Há seis anos, a Bombardier está tentando lançar o jato – com capacidade para até 145 passageiros -, mas não tinha recebido os pedidos preliminares necessários para iniciar a produção. Finalmente, em 2008, a Lufthansa assinou um contrato como cliente de lançamento e a Bombardier foi em frente. Hoje, a empresa tem 90 pedidos para o CSeries, o maior avião já construído por ela, que normalmente produz jatos regionais e turboélices.


O momento é oportuno para a Bombardier, porque a Airbus e a Boeing estão mostrando alguns sinais de vulnerabilidade, enquanto decidem se devem atualizar os modelos de seus jatos que concorrem com o novo CSeries. Como o CSeries provavelmente estará pronto para entrar em operação alguns anos antes dos novos aviões da Boeing e da Airbus, a Bombardier planeja abocanhar fatia de mercado.


É a chance que Beaudoin tem para deixar uma marca na empresa que sua família dirige desde a fundação, em 1942. Ele assumiu o cargo em junho de 2008, das mãos de seu pai Laurent, que comandou a fabricante de aviões por quase 42 anos e ainda ocupa a presidência do conselho.


Durante a recessão, a empresa, que tem sede em Montreal, viu os pedidos minguar e cortou mais de 4.400 empregos. Beaudoin diz que o clima está melhor e que os negócios estão sendo sustentados por encomendas recentes de novos jantos executivos, assim como por um grande pedido do CSeries, feito pela Republic Airways Holding Inc., controladora da aérea americana Frontier.


Em entrevista ao Wall Street Journal, ele também disse que, para crescer, está de olho na China e apostando no reaquecimento da demanda por jatos executivos nos Estados Unidos, à medida que as empresas comecem a afrouxar os orçamentos de viagem. Trechos:


WSJ: Que tipo de impacto o sr. espera com o CSeries?


Pierre Beaudoin: Acreditamos que ele possa elevar as vendas em US$ 5 bilhões a US$ 8 bilhões anuais, o que é uma grande coisa para uma empresa com receita anual ao redor de US$ 20 bilhões.


WSJ: O seu segmento de jatos executivos foi duramente golpeado durante a recessão e as viagens em jatos corporativos passaram a ser alvo de revolta pública no fim de 2008. Como estão as coisas agora?


Beaudoin: Nós reduzimos significativamente a produção na nossa linha de aviões executivos desde 2008. O setor não precisava da atenção negativa naquele momento, dada a situação da economia. Cerca de 95% dos aviões executivos são usados por motivos legítimos e, à medida que as empresas se recuperem, o uso desses aviões vai acompanhar o crescimento.


WSJ: Como o sr. está conduzindo a empresa durante a recuperação?


Beaudoin: Nós continuamos perseguindo uma estratégia agressiva de desenvolvimento de produto. Na área aeroespacial, temos o jato executivo Lear 85 e o avião comercial CSeries, para o qual temos agora 90 pedidos e 90 opções. Na área de transporte ferroviário, temos o nosso trem de alta velocidade, o Zefiro 380, para o qual recentemente fechamos um pedido multibilionário na China.


WSJ: A China tem um enorme potencial para a aviação comercial. Como é que a Bombardier está navegando esse mercado?


Beaudoin: Fiz da China uma prioridade. As indústrias chinesas já fazem partes da fuselagem do avião [turboélice] Q400 e nós assinamos um acordo com a Corporação Industrial da Aviação Chinesa para a produção de partes da fuselagem do CSeries. Precisamos entrar nisso com os olhos bem abertos.


WSJ: A China é também um mercado importante para o seu segmento ferroviário. Como é que essa parte da companhia se saiu durante a recessão?


Beaudoin: Não houve desaceleração durante a recessão. Temos uma joint venture de US$ 4 bilhões para construir trens de alta velocidade na China e o potencial de crescimento é muito grande. Estamos também no meio de um contrato de US$ 11 bilhões para substituir trens na França. Os Estados Unidos, com o tempo, também passarão a representar uma parcela maior do nosso negócio de transporte ferroviário.

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Fonte: Valor Econômico / The Wall Street Journal

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