O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, disse na terça-feira (9), que o Brasil deve criar um ambiente mais favorável à competição nas ferrovias. Para isso, é preciso rever os tetos tarifários, as regras de tráfego e direito de passagem e a defesa do usuário, afirmou Figueiredo durante a reunião do Conselho Temático de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Ele lembrou que a malha ferroviária é insuficiente para atender às necessidades do país. Atualmente, o Brasil dispõe de pouco mais de 28,8 mil quilômetros de trilhos, que estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste.
“A malha não tem ligação do Norte com Sul”, acrescentou. Mas há projetos em andamento para ampliar a malha em 4,1 mil quilômetros. Exemplo disso é a Transnordestina, com 1,7 mil quilômetros.
Figueiredo antecipou que o Governo Federal estuda a viabilidade de construção de outros trechos, que somarão 3,6 mil quilômetros. Entre as ferrovias em estudo, há trechos que permitirão a formação de um corredor interoceânico, que ligará o Brasil ao Peru, ao Chile e ao Paraguai. Há outros trechos que poderão ser avaliados no futuro. Entre eles, o que ligará os municípios de Vilhena, em Rondônia, e Cruzeiro do Sul, no Acre.
“São configurações que mudam o perfil ferroviário do país”, disse o diretor geral da ANTT. Ele destacou que a rede ferroviária será mais eficiente se for combinada com o transporte de cabotagem. “A cabotagem tem custo baixo e aumentará o leque de opções de transportes.”
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