Da esquerda para direita: João Lagoeiro Barbará, vice-presidente da Firjan; Elias Nigri, presidente da BF e da ANTF; Gerson Toller, diretor da RF; e Rômulo Santos, chefe do Departamento de Transportes e Logística do BNDES, no auditório do banco.
A Brasil Ferrovias encomendou à Amsted Maxion na última semana 140 vagões de um total de 1.150 unidades a serem encomendcados nos próximos dois anos. Este primeiro lote começará a ser entregue em janeiro de 2006 e a conclusão da entrega está prevista para junho. Os vagões serão comprados através de uma operação de leasing a ser efetivada junto a clientes e bancos. A informação é do presidente da holding Brasil Ferrovias, Elias Nigri, que anunciou para outubro a assinatura do contrato para esta operação.
Nigri explicou que não foi fechada ainda a equação financeira para a compra dos novos vagões, mas que devido à exigüidade de prazo a operadora já fez a encomenda à Amsted Maxion. A operação de leasing que está sendo efetivada é diferente das realizadas anteriormente pela BF com os clientes. Neste novo modelo o material rodante será adquirido diretamente pelos bancos (ou fundos de investimentos), através de uma Sociedades de Propósito Específico (SPE), para serem alugados aos clientes. Também neste caso, a operação tem como garantia o frete, com respaldo em contratos de longo prazo. A diferença, diz o presidente da BF, é que as operações de leasing concluídas no passado foram realizadas diretamente com os clientes (contratos em take or pay), sem a participação de instituições financeiras .
“Também deveremos usar a mesma equação para a compra de locomotivas”, afirma Nigri, acrescentando que o maior interesse do mercado financeiro pela ferrovia sinaliza a obtenção de mais recursos pelo setor ferroviário. “É inquestionável que o Brasil vai caminhar pela ferrovia. Não há caminhão que suporte a movimentação de grandes volumes, seja de mineiro, de soja ou de açúcar. Se não tivesse havido a quebra da soja, os problemas seriam ainda maiores.`
Para o próximo ano, está prevista a compra de 99 locomotivas usadas. O Plano de Negócios da companhia prevê investimentos de R$ 400 milhões a serem aplicados ainda este ano e em 2006, o que inclui ainda a reforma da via. Com a efetivação dos investimentos, a previsão, segundo o executivo, é atingir a movimentação de 20 milhões de toneladas em 2006, superando as 15 milhões de toneladas previstas para este ano. De acordo com Nigri, a companhia deverá fechar seu balanço com lucro no exercício financeiro de 2005.
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