Favelas às margens da ferrovia na região de Benfica, Rio de Janeiro
A Companhia Docas do Rio de Janeiro e a Prefeitura do Rio assinaram na última sexta-feira (dia 09) um convênio de apoio técnico e financeiro para a remoção de aproximadamente 300 famílias que moram na favela do Arará, às margens da ferrovia administrada pela MRS que dá acesso ao Porto do Rio. O governo federal, através da Companhia Docas, repassará ao município o valor de R$ 3,546 milhões para o reassentamento das famílias num prazo até dezembro deste ano. Após a remoção, a MRS tem projetos de construção de um muro ao longo da ferrovia.
Centenas de barracos estão instalados a menos de um metro da linha férrea, dificultando a movimentação de cargas e colocando os moradores da favela sob risco constante. Nas imediações da favela do Arará, os trens de carga são obrigados a reduzir a velocidade a até 5 km por hora. Normalmente, a velocidade média de um trem é de 60 km horários. Além do fator tempo, a movimentação de mercadorias pela ferrovia tem sido prejudicada por freqüentes saques de carga praticados por grupos infiltrados na favela.
A ação conjunta do governo federal e a Prefeitura garantirá o cadastramento dos moradores que ocupam imóveis construídos às margens da linha férrea – no total de 290 famílias.
Para o presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Antônio Carlos Soares, a ação elimina um problema que há muitos anos prejudica a economia do estado. “Com a liberação da linha férrea, o Porto do Rio estará em condições de ampliar a sua movimentação”, disse.
O presidente de Docas lembra ainda que, desde outubro do ano passado, a Companhia abriu um amplo processo de licitações públicas para a contratação de empresas que farão obras emergenciais no Porto do Rio. Estão previstas uma nova subestação elétrica; recuperação da pavimentação das vias internas; novo sistema de sinalização, implantação de balanças eletrônicas; recuperação da linha férrea; dragagem; implantação do Sistema Integrado de Segurança; restabelecimento da iluminação; entre outras melhorias. Alguns desses trabalhos já estão em fase de conclusão; outros serão tocados até o início do próximo ano.
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