Portugal lança leilão de trem Lisboa-Madri

O governo português lança nesta segunda-feira, em Évora, o leilão de concessão para o primeiro trecho da rede de trens de grande velocidade (TGV ou trem-bala). Em Portugal, a ligação de alta velocidade entre as duas capitais ibéricas está dividida em dois trechos: Lisboa-Poceirão e Poceirão-Caia (na fronteira).


Em entrevista à Agência Lusa, a vice-ministra portuguesa dos Transportes, Ana Paula Vitorino, disse que o projeto deve atrair empresas e criar empregos para a região.


Segundo Ana Paula Vitorino, o concurso público para concessão, construção, financiamento e manutenção do trecho Poceirão-Caia, parte da linha de alta velocidade Lisboa-Madri, “vai representar uma mudança de paradigma na mobilidade da região que vai ser atravessada pela linha”, como as cidades de Évora e Elvas, que “vão ganhar uma nova centralidade”.


“A alta velocidade ferroviária representa maior atratividade, maior competitividade na localização de empresas, quer para efeitos de descentralização, quer no aparecimento de novas empresas”, afirmou a responsável, defendendo que, nas cidades por onde passará o trem, “vai haver mais crescimento econômico, mais emprego e mais qualidade de vida”.


De acordo com as estimativas do governo português, as linhas de alta velocidade Lisboa-Madri e Lisboa-Porto criarão “36 mil novos postos de trabalho permanentes, além dos postos criados durante a fase de construção, e um aumento do Produto Interno Bruto de 99 bilhões de euros”.


A alta velocidade deve diminuir o tempo de percurso entre as cidades, possibilitando que a ligação entre Évora e Lisboa seja feita em 30 minutos. Atualmente, de carro, leva-se uma hora e 15 minutos.


“Com a alta velocidade ferroviária, Évora ficará a meia hora de Lisboa, a meia hora da Extremadura espanhola, a duas horas de Madri e a pouco mais de cinco horas de Barcelona. Isto é uma alteração substancial”, sustentou.


Ana Paula Vitorino sublinhou o esforço e o rigor na otimização do traçado da linha, o que permitiu a redução do investimento inicialmente previsto.


“Em 2005, a estimativa de custos para este trecho [Poceirão-Caia] era de 2,05 bilhões de euros. Em junho de 2007, esse valor foi reduzido para 1,7 bilhão e, neste momento, já conseguimos uma nova redução”, afirmou.


Além da linha para trens de alta velocidade, 167 quilômetros, o leilão também prevê a construção da rede ferroviária convencional, com 92 quilômetros, entre Évora e Caia, que permitirá uma “nova ligação ferroviária ao Porto de Sines”.


As empresas concorrentes terão quatro meses para elaborar as propostas, devendo o vencedor do concurso ser anunciado em um prazo de “um ano a um ano e meio”, de modo que a construção comece em 2010 e a primeira viagem seja efetuada em setembro de 2013.


Dois consórcios já mostraram interesse no projeto: um composto pelas construtoras Mota-Engil, Teixeira Duarte e Somague, e outro por Brisa (acionista da CCR), Soares da Costa e Bento Pedroso.


Os bilhetes da linha de alta velocidade Lisboa-Madri deverão custar 100 euros, enquanto o preço de uma viagem entre Lisboa e o Porto deve ficar em 40 euros, afirmou a vice-ministra.


Ana Paula Vitorino explicou que estes preços funcionarão como “tarifas de referência”, uma vez que “vai existir todo o tipo de tarifário, desde valores mais altos a valores mais baixos”, com variações de acordo com horários, dias da semana e do mês, como acontece com as passagens das companhias aéreas low-cost.

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Fonte: Agência Lusa

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