A ALL (América Latina Logística) – empresa que administra as ferrovias do Estado – tem expectativa de aumentar em 22% o volume transportado na malha da Novoeste, que vai de Corumbá (cidade pantaneira, distante 417 quilômetros a noroeste da Capital) a Bauru (SP).
Conforme assessoria de imprensa que atua para a empresa, o incremento virá após contratos para transportar álcool e para ampliação do volume de grãos, de minérios e cimento.
O álcool será transportado de Campo Grande a Paulínia (SP), com contrato com a Ágil. Porém, o número de vagões a serem carregados diariamente ainda está em negociação.
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Segundo a empresa informa via assessoria, existirá acréscimo de 7% no volume de transporte de soja, em grãos. O produto será transportado para a Cargill, no trajeto Capital/Três Lagoas, onde a matéria-prima é processada para produção de óleo.
Contrato com a ADM também será retomado no ano que vem. Do terminal dela na Capital vai escoar soja para Santos (SP).
Quanto ao escoamento de minério, a média é de 145 vagões ao dia e a perspectiva é chegar a 180 por dia em 2010. São três empresas clientes: Vale (cujo minério sai de Corumbá a Porto Esperança); Vetorial (vai de Corumbá a Ribas do Rio Pardo); e a sequencia o da Vetorial que segue para Bauru após transformado em ferro-gusa. São 250 mil toneladas de minério para serem transportadas em janeiro pela empresa, segundo assessoria.
Existe ainda expectativa de aumentar de cinco para dez o número de vagões que saem de Corumbá à Capital carregados de cimento por dia.
A ALL possui oito locomotivas a mais desde outubro. A empresa também tem investido na otimização de sua logística, com novos desenhos operacionais, informa assessoria. Em setembro, por exemplo, o tempo médio de permanência das locomotivas era de 14 horas e agora está em 3 horas e meia. Além disso, com a troca de trilhos, a expectativa é que até junho é de que a velocidade média das composições passe de 22 km/h para 30 km/h.
A empresa assumiu a malha ferroviária da Brasil Ferrovias e Novoeste do Brasil em maio de 2006, que perpassam pelos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso.
Os investimentos ultrapassariam R$1 bilhão, voltados principalmente para a substituição de trilhos e dormentes, instalação de detectores de descarrilamento ao longo da malha e implantação de tecnologia de ponta, como os computadores de bordo instalados nas locomotivas para auxiliar os maquinistas na condução do trem, de acordo com assessoria.
Houve crescimento de 39% em volume de operações ferroviárias e uma redução de 75% no índice de acidentes ferroviários entre 2006 e 2009, ainda conforme dados da própria empresa.
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